Coletes

Vigilantes mulheres pedem mudanças durante ato em Niterói; entenda

Grupo se reuniu em frente à Estação das Barcas, no Centro

Ato teve como principal reivindicação os coletes balísticos femininos
Ato teve como principal reivindicação os coletes balísticos femininos |  Foto: Lucas Alvarenga

Mulheres vigilantes fizeram uma manifestação, na manhã desta quinta-feira (13), em frente à Estação das Barcas, no Centro de Niterói. O protesto reuniu profissionais da categoria e teve como principal reivindicação os coletes balísticos femininos.

Atuante no setor há mais de uma década, Lucilene Ribeiro, de 47 anos, trabalha em um banco de Niterói. Ela destacou os problemas causados pelo uso de equipamentos inadequados para o corpo feminino.

Lucilene Ribeiro, de 47 anos, atua como vigilante em um banco de Niterói
Lucilene Ribeiro, de 47 anos, atua como vigilante em um banco de Niterói |  Foto: Lucas Alvarenga

"Pra mim como mulher é muito ruim usar esse equipamento porque acaba prejudicando a gente, principalmente na parte dos seios. Cada dia mais as mulheres estão entrando para essa profissão. Nós precisamos de apoio para trabalhar dignamente, sem prejudicar a nossa saúde. Pois prejudicando a nossa saúde também irá prejudicar a empresa”, afirmou.

Diretora do Sindicato dos Vigilantes de Niterói (SVNIT), Carmem Lúcia Trindade abordou até mesmo problemas de coluna, diante de uso de coletes masculinos. Ela é vigilante há 8 anos.

"Fica complicado trabalhar a longo prazo com esse colete, que não é adaptado para as mulheres, porque acaba nos afetando, trazendo problemas, como de coluna, pelo fato de não estar ajustado ao nosso corpo. Eu trabalho há 8 anos com esse material que não é adaptado, com isso, foram surgindo problemas ao longo do tempo, em relação à minha coluna”, relatou.

Diretora do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Carmem Lúcia Trindade
Diretora do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Carmem Lúcia Trindade |  Foto: Lucas Alvarenga

Há 3 mil vigilantes mulheres em Niterói, de acordo com o presidente do SVNIT, Cláudio José de Oliveira, conhecido como Cláudio Vigilantes. Ele apontou a resistência das empresas em adquirir coletes balísticos femininos, mesmo diante do custo-benefício.

"Temos conhecimento que a polícia usa colete feminino. Procuramos empresas e fizemos um levantamento que revelou que o colete feminino é ainda mais barato do que o masculino, chegando a custar cerca de R$ 3 mil. Apesar disso, não vimos interesse por parte das empresas em comprá-los. Queremos conscientizar as empresas de que elas precisam fazer essa mudança”, declarou Cláudio.

Presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio José de Oliveira, conhecido como Cláudio Vigilantes
Presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio José de Oliveira, conhecido como Cláudio Vigilantes |  Foto: Lucas Alvarenga

O ato, que contou com o apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e da Federação Interestadual dos Trabalhadores Vigilantes (Fintravig), foi realizado em nível nacional e marcou o lançamento da Campanha do Colete, buscando melhores condições de trabalho para as vigilantes femininas em todo o Brasil.

< Caminhão tomba, explode e deixa feridos em Rio Bonito Sem prints! Zap vai bloquear recurso em fotos de contatos <