VLT em Niterói: projeto dá mais um passo para sair do papel

A mobilidade urbana em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, está prestes a dar um grande passo. O prefeito da cidade, Rodrigo Neves (PDT), anunciou em suas redes sociais, na noite desta quinta-feira (22), a aprovação de uma nova parceria com o governo federal para viabilizar o projeto do primeiro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Niterói.

O comunicado foi feito ao final da agenda do prefeito em Brasília. De acordo com Neves, a proposta inicial prevê que a primeira linha do VLT conecte o bairro do Barreto, na Zona Norte, ao Centro de Niterói.

Encerrando a agenda em Brasília com mais uma grande conquista para Niterói: foi aprovada a cooperação com o governo federal para o projeto do primeiro VLT de nossa cidade, que vai ligar o Barreto ao Centro. Um passo importante rumo a um futuro ainda mais sustentável e com mais mobilidade para Niterói

A Prefeitura de Niterói foi procurada para fornecer mais detalhes sobre essa parceria, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se pronunciado.

Modernidade

Em agosto do ano passado, o ex-prefeito Axel Grael (PDT) sancionou a contratação para operação de crédito com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 182.152.974,66 (cento e oitenta e dois milhões e cento e cinquenta e dois mil e novecentos e setenta e quatro reais e sessenta e seis centavos).

O projeto tem como objetivo oferecer uma alternativa moderna e eficiente ao transporte tradicional, proporcionando uma opção mais rápida e sustentável para moradores e visitantes de Niterói.

Atualmente, esse tipo de transporte está disponível apenas no trajeto entre o Centro e a Região Portuária do Rio de Janeiro. 

Estações

O projeto contempla os bairros do Barreto, Santana, São Lourenço e Centro, com uma extensão aproximada de 5 quilômetros e previsão de nove estações ao longo do trajeto.

Com essa nova etapa, o município avança no processo de implantação da nova rede de transporte. O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é reconhecido por sua eficiência e por causar baixo impacto ambiental. A expectativa é de que a nova linha traga melhorias significativas na mobilidade urbana e na qualidade de vida dos cidadãos.

Além de facilitar o deslocamento diário da população, o sistema deve contribuir para a redução do trânsito nas vias e da emissão de poluentes na atmosfera. O projeto segue agora para a fase de planejamento e execução, com a expectativa de que as obras comecem em breve.

Linha 3 do Metrô volta a ser pauta prioritária

Na última segunda-feira (19), o prefeito anunciou a retomada de um antigo projeto: a Linha 3 do metrô. De acordo com Rodrigo Neves, a contratação da proposta será efetivada ainda em maio. A iniciativa integra o pacote de compromissos que Neves pretende colocar em prática, caso Rio de Janeiro e Niterói sejam escolhidas como sedes dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos.

Ainda neste mês será lançada a contratação do projeto da Linha 3 do metrô — um sonho antigo que pode transformar a mobilidade não só em Niterói, mas também em São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e em todo o Leste Fluminense

Desde a década de 1970, quando o sistema metroviário do Rio começou a ser desenvolvido, já se previa a criação de uma linha que conectasse a capital a Niterói por meio de um túnel sob a Baía de Guanabara. Em 2023, o governo estadual chegou a abrir uma licitação para realizar estudos de viabilidade do projeto, mas a iniciativa foi suspensa após questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Atualmente, o metrô opera exclusivamente na capital fluminense, com uma malha de 54,5 quilômetros e 41 estações. A última grande ampliação ocorreu em 2016, durante os Jogos Olímpicos, com a entrega da Linha 4, que conecta a Zona Sul à Barra da Tijuca, região onde foram realizadas muitas das competições.