É verdade!

Olha a cobra! Especialistas explicam por que elas estão aparecendo

Animais têm sido localizadas nas cidades de Niterói e Maricá

Instituto Vital Brasil em Niterói
Instituto Vital Brasil em Niterói |  Foto: Marcelo Eugênio
  

Elevação da temperatura, chuvas constantes neste início de ano, construções próximas à região de mata e destruição do habitat natural são os principais fatores que ajudam a explicar as várias cobras em áreas urbanas, nas últimas semanas, na Região Metropolitana do Rio, principalmente em Niterói e Maricá. Isso é o que diz o biólogo do Instituto Vital Brazil (IVB), Miguel Relvas, de 28 anos.

“Estes casos (aparições em áreas urbanas) são mais comuns no início do ano mesmo, principalmente pelo calor e as constantes chuvas. Com isso, as cobras tendem a chegar nessas áreas com mais frequência. Outro fator que influencia são os crescentes desmatamentos da área de mata. Com isso, muitas cobras ficam desnorteadas e vão em busca de alimento e uma nova moradia”, detalhou o biólogo.

Estes casos (aparições em áreas urbanas) são mais comuns no início do ano mesmo, principalmente pelo calor e as constantes chuvas. Com isso, as cobras tendem a chegar nessas áreas com mais frequência. Outro fator que que influencia são os crescentes desmatamentos da área de mata explicou, Miguel Relvas
  

Em caso de captura, muitas cobras são levadas de volta para o seu habitat natural ou, quando mortas, algumas são encaminhadas para estudos em institutos, como é o caso do Instituto Vital Brazil, que fica em Niterói. No recinto, há diversos tipos e espécies de cobras diferentes. 

“Aqui no instituto temos milhares de cobras. Há serpentes de muitos anos atrás e até as mais recentes. Elas são trazidas para cá e realizamos estudos aprofundados e específicos. Aqui podemos descobrir diversas novidades sobre espécies diferentes”, completou o especialista.

  • Olha a cobra! Especialistas explicam por que elas estão aparecendo
  • Olha a cobra! Especialistas explicam por que elas estão aparecendo
  • Olha a cobra! Especialistas explicam por que elas estão aparecendo
  • Olha a cobra! Especialistas explicam por que elas estão aparecendo
  • Olha a cobra! Especialistas explicam por que elas estão aparecendo
  • Olha a cobra! Especialistas explicam por que elas estão aparecendo
  

CUIDADOS  COM AS VENENOSAS

Segundo Miguel Relvas, as serpentes mais peçonhentas (que contém veneno) no estado do Rio são as jararacas e as corais-verdadeiras. Estas espécies são as que devemos ficar mais atentos. 

“O recomendado é a pessoa manter a calma, principalmente, para não assustá-la. Por incrível que pareça, elas têm mais medos de nós humanos do que nós dela. Então, ela só irá atacar caso se sinta ameaçada. Em casos normais, ela vai procurar uma saída pra fugir e voltar para o seu habitat natural. Se o animal persistir no local ou demostrar sinal de ataque, a pessoa deve imediatamente ligar para o Corpo de Bombeiros ou Policial Florestal para realizar a retirada do animal”, explicou Miguel.

O especialista, no entanto, destacou a importância das cobras na cadeia alimentar animal para evitar doenças em seres humanos. 

“As cobras se alimentam principalmente de roedores. E nesse caso, os ratos são os principais transmissores de leptospirose e o vírus da peste bubônica. Essa peste, há anos atrás, foi a causadora de uma pandemia global. Então com as cobras se alimentando desses tipos de roedores, evitam a transmissão de novas doenças e a proliferação desses”, esclareceu o biólogo.

CURIOSIDADES SOBRE O IVB 

Alguns casos curiosos que fizeram e fazem parte da história do instituto foram o nascimento recente de uma jararaca com duas cabeças e uma serpente que foi encontrada sem vida grávida de 43 filhotes.  Estudos estão sendo feitos no local para saber o porquê dessas anomalias. 

Filhote de jararaca nasceu com duas cabeças; anomalia é raridade
Filhote de jararaca nasceu com duas cabeças; anomalia é raridade |  Foto: Marcelo Eugênio
Muitas das pessoas sentem medo de cobras, mas também podemos relatar que elas são muito importantes para o nosso ecossistema, principalmente para evitar a proliferação de doenças transmitidas por roedores.
  

O que fazer em caso de picada

- Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local, pois um torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação;

- Não se deve cortar o local, fazer perfurações ou sucção;

- O local da picada deve ser lavado com água e sabão;

- A vítima deve ser levada o mais rápido possível ao hospital;

- É importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível) pois isso facilitará para escolha do soro antiofídico a ser aplicado.

CONTATOS PARA PEDIR SOCORRO

- Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190);

- Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo.

< Família de Marília cria e-mail para denunciar divulgação de fotos capa 140423 <