Cidades

ONG de assistência a pessoas que vivem com HIV pede socorro em São Gonçalo

Organizadores da instituição realizam uma "vakinha online" a fim de arrecadar materiais de higiene para cerca de 68 famílias. Foto: Reprodução/Fotos Públicas

O Centro de Atenção e Atendimento à AIDS (CAAAIDS), uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que proporciona assistência psicossocial às pessoas que vivem com o HIV, IST´s e Hepatites virais, com sede localizada em São Gonçalo, enfrenta dificuldades em meio a pandemia da Covid-19. Por conta disso, os organizadores da instituição realizam uma "vakinha online" desde abril deste ano, a fim de arrecadar materiais de higiene para cerca de 68 famílias.

O objetivo estimado na 'vakinha' é arrecadar R$ 100 mil. No entanto, até esta quarta-feira (16) apenas R$ 125 foram arrecadados. Além de dinheiro, a instituição afirma que as pessoas podem ajudar realizando doações de álcool 70, máscaras descartáveis, fraldas descartáveis tamanhos P, M, G, GG e XG, sabonetes, creme dental e papel higiênico.

A presidente e também gestora de recursos humanos da instituição, Flávia Fabiana da Silva, de 45 anos, conta que entrou como voluntária há 21 anos por causa de um tio que vivia com HIV e frequentava o CAAAIDS. Segundo ela, graças aos esforços concentrados da equipe de colaboradores e do apoio de outras instituições nacionais, a organização conseguiu identificar e cadastrar cerca de cinco mil pessoas, entre as que vivem e convivem com pessoas que possuem o vírus HIV. Tal público foi atendido e um cadastro foi mantido atualizado com contato de 600 delas, entre crianças, jovens, adultos e pessoas da terceira idade.

O link da vakinha pode ser acessado através do link.

Saiba mais sobre o CAAAIDS

O CAAAIDS atende de 2ª a 6ª feira das 9h às 17h no escritório central, situado na Rua Gustavo Mayer nº 235, no bairro Vila Três, em São Gonçalo. O centro conta com médicos, enfermeiros, assistente social, advogados, psicólogos, educador em saúde, auxiliar de enfermagem e pessoas leigas envolvidas com a pandemia.

Em sua maioria, a organização afirma que atende pessoas que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza, baixa escolaridade e com rendimento proveniente de benefícios de transferência de renda como Programa Bolsa Família, renda informal ou nenhuma renda e com composição familiar de três a cinco pessoas. Devido ao isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus, muitas perderam sua fonte de renda ou complemento.

Além da assistência psicossocial as pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS e aos seus familiares, a instituição distribui preservativos, folhetos informativos, cestas básicas, tratamento através de grupo de convivência onde os frequentadores trocam experiência, apoio social e jurídico, orientando sobre seus direitos e deveres. Também são realizadas oficinas e palestras sobre sexo seguro, direito e deveres de cidadania, e adesão ao tratamento.

Além dos projetos voltados para HIV, eles promovem campanhas para mulheres conquistarem o seu espaço, projetos voltado para LGBTI e também para profissionais do sexo. Devido a pandemia, muitos dessas ações estão sendo realizadas através de palestras online.

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