Será sepultado na tarde desta segunda-feira (3) o corpo do passista da Mangueira Tancredo Augusto de Oliveira Silva, de 38 anos.
Ele morreu após ser arrastado por uma enxurrada durante o temporal que alagou as ruas da Zona Norte do Rio, na última quinta-feira (30).
O enterro acontecerá no Cemitério do Catumbi, às 16h. O caixão será fechado devido ao avançado estágio de decomposição.
O corpo dele foi encontrado pelos bombeiros no canal do Rio Joana, próximo à Rua São Cristóvão, neste domingo (2), três dias após o desaparecimento.
Familiares fizeram o reconhecimento do corpo da vítima no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio. A tatuagem que ele tinha no braço facilitou o processo.
“Durante as buscas, os bombeiros ligaram para a minha sobrinha e falaram para ela aparecer lá no Rio que tinham uma notícia para a gente. Foi quando, no domingo de manhã (2), os bombeiros falaram que conseguiram encontrar o corpo dele. Eles reconheceram o meu irmão pela tatuagem dele, que tinha escrito o nome da minha mãe: Maria Helena. Aí pediram pra gente reconhecer e ele abriu o saco, foi quando vimos que era ele mesmo. O corpo já estava até meio deformado por causa da água e reconhecemos apenas pela tatuagem também”, contou Carlos Augusto, irmão da vítima.
A Estação Primeira de Mangueira lamentou o caso em rede social e disse que o passista Tancredo fez história na agremiação.
"Sempre alegre e muito querido, Tancredo fez sua história na Estação Primeira de Mangueira, onde, desde criança construiu seu caminho no carnaval e na vida. Sua partida precoce deixará muita saudade. Em nome da presidenta Guanayra Firmino e sua diretoria, nossos sentimentos aos amigos e familiares", escreveu.
O caso
Neste domingo, foi iniciado o quarto dia de buscas por Tancredo. Ele estava na rua com um amigo, no Maracanã, quando ambos foram levados pelas águas para o fundo de uma galeria pluvial, que fica ao lado do estádio, no cruzamento da Avenida Rei Pelé com a Rua Professor Manoel de Abreu.
O amigo do passista foi resgatado por bombeiros e por PMs do 6º BPM (Tijuca). Desde então, os bombeiros seguiam procurando Tancredo pelas galerias pluviais e rios canalizados, como também na Baía de Guanabara.
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