Seu bolso
Passageiros reclamam de aumento na passagem de ônibus
Aumenta começou a valer nesta terça (1º) feriado de carnaval
O tempo firme e as temperaturas elevadas, aliados ao feriado de carnaval, movimentaram as cidades para quem preferiu aproveitar o descanso passeando. Mas o que esquentou a cabeça dos passageiros foram as passagens mais caras. O aumento foi de 10% para os ônibus que rodam na Região Metropolitana, 6,01% para os serviços urbanos não metropolitanos e 4,18% para serviços rodoviários não metropolitanos. Este é o primeiro aumento após três anos. O último reajuste aconteceu em fevereiro de 2019, segundo o Detro-RJ.
A movimentação foi grande no terminal rodoviário de Niterói. Muitos passageiros fizeram críticas ao novo valor, em relação à qualidade do serviço prestado nos coletivos. Para a assistente administrativa, Bárbara Costa, as passagens não podem aumentar sem que tenha uma compensação.
"Se querem aumentar o preço, é necessário que aumente também a qualidade da viagem para o passageiro e a frequência com que os ônibus passam", exclamou.
O mesmo discurso teve o operador de máquinas, Alexandre do Carmo, que também se mostrou bastante insatisfeito com as mudanças. Ele ressaltou ainda que, para justificar tal aumento, os ônibus deveriam andar com o sistema de ar-condicionado ligados.
"Para aumentar, algo deveria melhorar. A única coisa que nós vemos é o aumento. Com certeza deveriam aumentar a frota e manter sempre o ar-condicionado ligado", opinou.
A pouca qualidade oferecida nos coletivos também gerou insatisfação por parte dos rodoviários. Um deles, que não quis se identificar, esbravejou sobre o tema e criticou a mudança. "Isso é para vocês verem. Eles usaram a pandemia para poderem economizar com o ar-condicionado. Agora o 'patrão' está rico e isso vai sair do bolso dos passageiros. No final de tudo, nós seguimos no calor”, disse insatisfeito.
O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) divulgou, na última sexta-feira (25), o aumento de passagens das linhas intermunicipais. A medida ocorre depois de três anos sem reajuste nas tarifas, quando aconteceu em 2019 o último aumento.
Motivo
O departamento justifica que os reajustes são calculados com base no aumento do preço dos insumos e dos indicadores operacionais (tipo de veículo, região por onde circula, quilometragem, média de passageiros transportados, entre outros) e que a variação na passagem deveria ser ainda maior.
De acordo com o modelo de análise interna, os serviços para a Região Metropolitana deveriam aumentar 18,51%, enquanto os serviços urbanos não metropolitanos deveriam aumentar 11,13% e os serviços rodoviários subiram 7,74%. Tais variações foram menores na prática devido à crise econômica.
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