Cidades
Pedido de socorro nas lagoas de Maricá
A formação de espumas densas, o surgimento de animais mortos e gigogas em lagoas de Maricá chamou a atenção de moradores de frequentadores que passou pelas orlas de Guaratiba, Boqueirão e Araçatiba, na manhã desta sexta-feira (23).
"Esse cheiro está insuportável não tem nem como caminhar por aqui direito, tá muito forte"
Valéria Pontes, de 38 anos, moradora do Boqueirão
Segundo o morador de Guaratiba, André Luiz, de 36 anos, a água das lagoas já está nessa situação há dias.
"Isso está assim há pelo menos um mês. Essa situação prejudica muito a gente, pois aqui é um local tranquilo e calmo, então em meio a essa pandemia se torna um dos melhores lugares para se distrair, mas com essa poluição não dá"
Para o ecologista, gestor ambiental e o co-fundador do Movimento Baía Viva, Sérgio Ricardo Verde Potiguara, lagoas vem passando por várias transformações em todo o estado.
"O estado do Rio de Janeiro tem uma verdadeira pérola, que é um cordão litorânea formado por lagoas, que vão de Paraty a Campos. No entanto, o que temos visto é que as lagoas têm sido sacrificadas nas últimas décadas. No caso, as regiões de Maricá e Saquarema têm sido historicamente por conta de especulação imobiliária. Já a proliferação de algas tem relação com o tratamento de esgoto"
Procurada, a Prefeitura de Maricá informou que vai acionar o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão responsável pelo manejo do sistema lagunar, para que seja feita uma fiscalização conjunta na Lagoa de Araçatiba. A iniciativa vai contar com a participação também da autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar).
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que há um convênio entre o órgão ambiental estadual e a prefeitura de Maricá, que transfere a gestão dos recursos hídricos da cidade de Maricá para a Prefeitura.
"Cabe ressaltar que o Inea realiza regularmente o monitoramento das Lagoas de Maricá. A próxima coleta de amostras de água para análise está prevista para maio", finaliza.
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