Pequenos fragmentos de óleo chegam ao litoral do Rio

Pequenos fragmentos de óleo foram detectados e removidos na Praia de Grussaí, em São João da Barra, no Rio, nesta sexta-feira (22). Foram detectados e removidos cerca de 300 gramas do óleo no local, com o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo um comunicado feito neste sábado (23) pelo GAA, o material foi analisado pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e constatado como compatível com o óleo encontrado no litoral da região Nordeste e Espírito Santo. Um grupamento de militares da Marinha já está no local efetuando monitoramento e limpeza. Servidores do IBAMA se juntarão hoje à equipe.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado (23) que não há como saber quanto de óleo foi derramado próximo à costa brasileira. Hoje, as autoridades do país informaram que fragmentos de óleo chegaram ao litoral norte fluminense.

Segundo o presidente, é preciso estar preparado para o pior cenário.

"Gostaríamos muito que fosse identificado quem, no meu entender, cometeu esse ato criminoso. Agora, não sabemos quanto de óleo tem no mar. Na pior hipótese, um petroleiro, caso tenha jogado no mar toda sua carga, menos de 10% chegou à nossa costa, ainda. Nos preparemos para o pior. Pedimos a Deus que isso não aconteça", disse o presidente, durante evento na Vila Militar do Rio de Janeiro.

Maricá

Na última quarta-feira (20) o Ibama havia esclarecido que as manchas de óleo não atingiram às praias de Maricá, após uma fake news que havia sido amplamente divulgada principalmente em grupos de WhatsApp da região metropolitana.

A publicação dava conta de que havia uma mancha de óleo na praia de Itaipuaçu, em Maricá. A suposta mancha estaria concentrada da Pedra do Elefante é a altura da Estrada dos Cajueiros.

De quebra, a postagem espantava os turistas: “A mancha de óleo chegou em Itaipuaçu. Um pedido aos turistas, evitem Itaipuaçu neste fim de ano 2020 e Carnaval”, afirmava a publicação original, cujo autor não foi localizado.

Moradores da cidade acreditam que a publicação foi disseminada propositalmente como uma ‘estratégia’ para evitar a superlotação das praias na temporada de verão, já que Maricá é destino turístico. No último ano, o boato foi de que um banhista havia sido atacado por um tubarão.

Além do vazamento ser negado pelos órgãos ambientais, a imagem utilizada na postagem não é Maricá. O registro é do fotógrafo Carlos Ezequiel Vannoni, da Agência Pixel Press. A foto foi produzida em 10 de outubro de 2019 na praia de Lagoa do Pau, na cidade de Corupibe, no estado de Alagoas.

Com Eduarda Hillebrandt e Agência Brasil