Imprudência

Perigo no Terminal de Niterói: atropelamentos aumentam

Quatro pessoas morreram, todas tinham mais de 65 anos

Local tem sinalizações para não atravessar na pista, mas aviso é desrespeitado
Local tem sinalizações para não atravessar na pista, mas aviso é desrespeitado |  Foto: Lucas Alvarenga
 

Dados divulgados pelo Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) mostram que em 10 anos, ocorreram nove atropelamentos com quatro mortes dentro do Terminal João Goulart, no Centro de Niterói.

O caso mais recente foi registrado no dia 26 de junho deste ano, a vítima fatal foi um idoso de 69 anos. Todas as vítimas que morreram tinham mais de 65 anos.

Para conscientizar os usuários de transporte público, o Sintronac e a empresa Teroni, que administra o local, realizaram nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (25), comemorado o Dia do Rodoviário, uma campanha de prevenção de acidentes dentro do terminal. Foram fixados cartazes nos pontos dos ônibus e panfletos foram distribuídos para a população. 

O Sintronac e a empresa Teroni realizam  uma campanha de prevenção de acidentes
O Sintronac e a empresa Teroni realizam uma campanha de prevenção de acidentes |  Foto: Lucas Alvarenga
  

"Estamos conscientizando a população já que hoje é o Dia do Rodoviário. Nosso objetivo é que os usuários tomem o cuidado para evitar acidentes. Ficamos surpreendidos com a quantidade de usuários transitando de forma incorreta arriscando as suas vidas. Pela quantidade de pessoas que nós vimos atravessando aqui, eu posso dizer que são poucos os acidentes, incluindo óbitos,  a maioria de pessoas acima de 60 anos. Com isso, trás não só ferimentos físicos, mas também psicológicos para o profissional que se envolve nesse acidente e os familiares que ficam sofrendo", disse Adriano Félix, diretor do Sintronac.

Nas duas primeiras horas do início da conscientização foram entregues 3 mil panfletos. 

Moradora do Arsenal, em São Gonçalo, a atendente Regina Torres, de 47 anos, já presenciou acidentes nas pistas do terminal. Ela garante que prefere andar mais para chegar no ponto de embarque e desembarque do que arriscar a própria vida atravessando a pista.

O que vale mais é a minha vida. Tenho uma família em casa me esperando. É melhor andar um pouco mais do que atravessar na pista, o que é proibido Regina Torres, atendente
  

Há vários modelos de ônibus, mas, em geral, os pontos cegos ficam da porta traseira à dianteira, na parte de baixo, conhecida como saia; do lado oposto à janela do motorista; toda a traseira do coletivo; na frente, abaixo dos retrovisores; e entre a roda e a porta traseiras.

Segundo o diretor do Sintronac, devido a toda sinalização nas pistas do terminal, o acidentado não tem direito a indenização.

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