Cidades
Plano prevê circulação de ônibus convencionais nas calhas do BRT
Para articular a mobilidade urbana no eixo Rio-Baixada-Niterói, um plano operacional pretende resolver as questões pendentes de interconexões em pontos do BRT Transbrasil. Entre estes nós estão a obra da alça de ligação entre a Ponte Rio-Niterói. Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (02) na ALERJ, o presidente da Comissão da Região Metropolitana, Waldeck Carneiro (PT), pontuou o diálogo entre as instituições para que as obras se interliguem de maneira adequada.
“A audiência contribuiu para colocar em diálogo instituições e municípios que devem conversar sobre uma obra que, embora aconteça em limites territoriais da cidade do Rio de Janeiro, no caso do BRT Transbrasil, impacta também a Baixada Fluminense e o Leste Fluminense. Daí o papel fundamental do Governo do Estado na implementação efetiva da instância executiva da Região Metropolitana, pois já votamos na ALERJ a lei complementar que a instituiu”, afirmou Waldeck.
Segundo o Secretário de Estado de Transportes, as reuniões para adequação do plano operacional já estão acontecendo.
“Estamos adequando o termo de referência para contratações dos estudos. Estamos aperfeiçoamento e o próximo passo será a Prefeitura do Rio lançar a licitação para contratar a elaboração dos estudos. Não há como contratar um bom estudo sem um termo de referência bem elaborado. Ficou patente nesta audiência pública as múltiplas facetas que esse plano precisará ter, pois há a questão das linhas municipais, as de média distância, de longa distância, das linhas intermunicipais metropolitanas, linhas interestaduais e internacionais. Todas elas precisam conviver de maneira harmoniosa na Avenida Brasil”, destacou.
O deputado Luiz Paulo (PSDB) afirma que solicitou a audiência para o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT) a fim de esclarecer todas as duvidas sobre o tema.
“A Avenida Brasil é o portão de entrada do Rio de Janeiro e faz conexão com a Rodoviária, que recebe os ônibus que chegam da Rodovia Presidente Dutra, com os que vem de Juiz de Fora, da baixada, da ponte Rio Niterói, com BRT e com metro. É necessário ter estas interconexões bem definidas. É impossível imaginar que em agosto de 2020 as obras do BRT estejam prontas. É necessário um Plano Operacional, onde estas perguntas sejam respondidas e que contemple a Baixada Fluminense, Itaboraí, Maricá e centro da cidade”, disse o parlamentar.
De acordo com Eloir Faria, coordenador de planejamento da Secretaria Municipal de Transportes do Rio, o plano operacional data de 2015, mas precisa ser atualizado.
“A demanda de trânsito na Avenida Brasil, por exemplo, diminuiu cerca de 50% desde aquela época. Isso provocará uma redução da frota de ônibus e uma redistribuição das linhas e serviços. Precisamos avaliar este impacto, principalmente no entorno da Rodoviária Novo Rio. Haverá uma fase intermediária, na qual os ônibus convencionais municipais vão circular na calha do BRT junto aos articulados”.
O deputado Dionísio Lins (PP), presidente da Comissão de Transportes da ALERJ, disse que o Poder Legislativo avançou neste tema em benefício dos usuários de ônibus.
“A Casa Legislativa, em articulação com as secretarias Estadual e Municipal de Transportes do Rio, além dos técnicos do setor, avançaram no entendimento para melhoria das obras nesta área. A população ganhou com este entendimento e entrosamento”, avaliou.
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