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    Prefeitura de Niterói tenta resgatar alunos após evasão escolar

    Publicado 20/08/2021 às 18:22 | Autor: Enfoco
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    Imagem ilustrativa da imagem Prefeitura de Niterói tenta resgatar alunos após evasão escolar
    |  Foto: Foto : Marcelo Tavares
    Escola na Engenhoca será a primeira a receber as ações de identificação e recuperação dos alunos que deixaram a unidade. Foto: Arquivo/Marcelo Tavares

    A Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Municipal de Educação de Niterói lançaram o projeto piloto de implantação do Busca Ativa Escolar, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em reunião na manhã desta sexta-feira (20) na Escola Municipal Infante Dom Henrique, na Engenhoca.

    A unidade será a primeira a receber as ações do programa que visa a identificar e recuperar alunos que estejam em situação de abandono escolar. A iniciativa é uma parceria entre as secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social e Economia Solidária, além de contar com o apoio de colaboradores da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, Conselho Tutelar e Federação das Associações de Moradores de Niterói (Famnit).

    A unidade escolar será responsável por realizar o levantamento dos alunos infrequentes e em situação de abandono, junto aos dados já analisados pela SME/FME. Os supervisores institucionais, que são designados pela Educação, Saúde e Assistência Social, vão avaliar os casos e acionar os Agentes Comunitários. Esses agentes poderão ser assistentes sociais do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), funcionários do Médico de Família ou da Associação de Moradores do bairro, pessoas ligadas ao território das escolas e das famílias.

    Depois que eles conversarem com a família, será avaliada a necessidade de uma visita técnica, entender o seu contexto e apurar os motivos da exclusão escolar. Dependendo do caso, será avaliada a necessidade de acionar o Conselho Tutelar. O objetivo é inserir a família nas políticas públicas do município e recuperar alunos que perderam o vínculo com a escola ou que não participam das atividades pedagógicas.

    “O aumento da evasão escolar se configura em um dos principais desafios que o Brasil enfrentará no pós-pandemia. Aliado a uma série de medidas desenvolvidas pela secretaria de Educação, como o Programa de Aprendizagem Intensiva e ações de inclusão digital, o Busca Ativa será importantíssimo para a recuperação dos alunos que se afastaram da escola. A ação transversal e intersetorial é fundamental para que Niterói possa assegurar o direito à educação na cidade”, afirmou o secretário de Educação, Vinicius Wu.

    A reunião contou com a presença de assistentes sociais de unidades do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) próximos à unidade. Os funcionários são importantes no processo de procurar as famílias e buscar o diálogo que possibilite o retorno das crianças e adolescentes às escolas.

    “Nós sabemos a importância desse trabalho e da necessidade de transversalidade das políticas públicas que são desenvolvidas para os moradores de Niterói. Estamos prontos para auxiliar a Educação a trazer esses alunos de volta à sala de aula. Não vamos medir esforços”, salientou o Secretário de Assistência Social e Economia Solidária, Vilde Dorian.

    O Subsecretário de Projetos Transversais, Cooperação e Articulação Institucional, Thiago Risso, relembrou o efeito da pandemia na aprendizagem dos alunos

    “Estamos absorvendo a metodologia e experiência da Unicef e adaptando o programa para a nossa realidade. O combate à evasão e ao abandono escolar sempre foi uma política séria da secretaria e que agora está ganhando ainda mais espaço devido ao período de afastamento escolar”, explicou Risso.

    O setor responsável por organizar o Busca Ativa Escolar na Educação é a Coordenação de Educação em Direitos (CEDIR). O coordenador Ronald Quintanilha explica que a metodologia do Busca Ativa foi muito estudada antes de ser inserida na rede, principalmente em relação à articulação entre os diferentes setores da sociedade. Para ele, a escola não pode ser a única responsável por trazer o aluno de volta.  

    “A educação como um todo precisa do auxílio das demais equipes do governo, como Saúde e Assistência Social. E nós estamos saindo do plano de hipóteses e partindo para colocar em prática as estratégias que pensamos. É importante afirmar que estamos começando pela Infante, que é muito comprometida com o combate ao abandono, mas nenhuma escola está desassistida. Estamos atentos a todos os alunos que precisamos e vamos recuperar”, completou.

    A diretora geral da E. M. Infante Dom Henrique, Maria Lúcia da Rocha Xavier, afirmou que o abandono escolar é uma preocupação da unidade. Eles identificaram alunos que não estão retornando o contato da escola, buscando materiais ou assistindo às aulas.

    “Esses alunos precisam ser reconquistados, sentir o prazer de estar na escola aprendendo, participando das atividades junto aos colegas. Muitos dos estudantes que não estavam nos dando resposta apareceram agora que as aulas retornaram ao presencial, mas ainda vamos trabalhar para recuperar todos”, afirmou.

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