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Prefeitura de Niterói vai atrás de moradores ainda não vacinados na cidade

Município também se prepara para garantir reforço numa eventual terceira dose. Foto: Vitor Soares

Niterói começa um programa de Busca Ativa, a partir desta sexta-feira (20), para localizar quem ainda não se vacinou contra à Covid-19 na cidade. Equipes do Programa Médico de Família, por meio das Unidades Básicas de Saúde, farão visitas domiciliares atrás de quem poderia tomar a primeira dose e não fez, além de quem não tomou a segunda dose.

"Pela nossa Central de Monitoramento, vamos fazer contato telefônico para buscar e trazer a pessoa para se vacinar", explicou o secretário de Saúde Rodrigo Oliveira, durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

A partir dos próximos dias, também serão realizados campanha publicitária para reforçar a vacinação, além de envios de mensagens por celular. Sirenes da Defesa Civil servirão de alerta para esclarecimentos à população sobre a importância de se proteger contra a doença.

"Ao me vacinar eu protejo minha cidade, a minha família, porque eu ajudo a interromper o ciclo de transmissão do vírus. Sem uma vacinação em massa com uma doença tão transmissível como o coronavírus a gente não vai conseguir vencer essa batalha. Então é fundamental esse esforço a mais", continuou o médico sanitarista Rodrigo Oliveira.

A Prefeitura de Niterói já conclui a vacinação contra Covid-19 para a população acima de 18 anos nesta semana. Nesta quinta-feira (19) a cidade atingiu o patamar. Sexta (20) e sábado (21) será feita uma repescagem.

A Secretaria Municipal de Saúde disse que com isso, todos os grupos: 18 anos ou mais, gestantes, adolescentes com comorbidades - estão agora na fase de repescagem permanente. É só buscar uma unidade de saúde, a qualquer dia, e se vacinar, levando documentação necessária. População geral: Identidade com foto, CPF e comprovante de residência.

Adolescentes

A partir da próxima segunda-feira (23) Niterói inicia a vacinação dos adolescentes entre 12 e 17 anos, também por idade. Na segunda, terça (24) e quarta (25) será a vez daqueles com 17 anos ou mais. Já na quinta (26), sexta (27) e sábado (28) a vacina será destinada ao grupo com 16 anos ou mais e assim sucessivamente. No dia 10 de setembro será a vez do público com 12 anos, idade mínima permitida pela Anvisa.

"Tenho certeza que vamos seguir nessa celebração, mas com muito cuidado, força e dedicação para que a gente siga vencendo e construa um novo normal onde a defesa da vida e todo esse esforço vai se frutificar numa cidade mais forte e inclusiva", explicou o secretário de Saúde Rodrigo Oliveira.

Estoque de vacinas

A pasta informa que, nesta quinta-feira (19), os estoques da imunização AstraZeneca foram zerados. A segunda dose da vacina será com Pfizer. O município possui Coronavac e Pfizer para primeira dose.

A secretaria iniciou, no dia 12 deste mês, a intercambialidade da Pfizer como segunda dose para pessoas que tomaram a primeira dose com AstraZeneca. O uso da combinação de vacinas é seguro, eficaz e está indicado pela Secretaria de Saúde do Estado.

Obrigatoriedade

Funcionários públicos de Niterói e prestadores de serviços da Prefeitura serão obrigados a tomar vacina contra à Covid-19. O decreto será publicado no Diário Oficial nesta sexta-feira (19), segundo informou o prefeito Axel Grael (PDT). "Vão ter que comprovar a vacinação", disse.

Terceira dose

Niterói já está preparada para começar a aplicar a dose de reforço (terceira dose) iniciando pelos idosos. "Após seis meses esse grupo tem apresentado uma queda na efetividade da proteção da vacina", lembrou o secretário Rodrigo Oliveira.

A partir de um pré-pronunciamento do Ministério da Saúde e possível anúncio oficial nos próximos dias, com aprovação do Programa Nacional de Imunização, a cidade já está pronta para começar a imunizar os mais velhos pela terceira vez.

A proposta segue uma diretriz do Ministério da Saúde. Nesta quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realizou uma coletiva de imprensa para explicar a metodologia para harmonizar a distribuição de imunizantes para os estados e o Distrito Federal.

O ministro, no entanto, havia destacado que para iniciar a dose de reforço ainda são necessários mais dados científicos para que o Ministério da Saúde possa organizar a sua aplicação.

“Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação. Isso vale para todos os imunizantes”.

Distribuição de vacinas

Ao explicar a metodologia de distribuição de imunizantes, Queiroga disse que cabe ao ministério equilibrar a distribuição de vacinas entre os estados e o Distrito Federal. O ministro ressaltou a importância dos entes federados observarem o intervalo entre as doses, que varia de acordo com cada imunizante.

“É fundamental que se observe o intervalo de vacinação entre as doses, para que possamos entregar as vacinas com a pontualidade desejada. Porque, se cada estado, cada município, resolver fazer a sua própria regra, o Ministério da Saúde não consegue entregar as vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará a nossa campanha nacional de imunização”, disse.

De acordo com o ministério, as doses são enviadas aos estados levando em consideração a população, acima de 18 anos, que ainda não foi vacinada em cada unidade da Federação.

“Vamos fazer o possível para que essa distribuição ajustada garanta uma maior homogeneidade na vacinação em todas as unidades da Federação. O compromisso que o governo federal tem é com cada um dos 210 milhões de brasileiros. Se imunizarmos a população vacinável, todos vão se beneficiar com a imunidade que será proporcionada”, afirmou o ministro da Saúde.

Critérios

Para enviar as doses nesse formato, o Ministério da Saúde informou que fez um levantamento com base em dois critérios: as vacinas para a primeira dose já enviadas para cada estado, desde o começo da campanha de vacinação, e a estimativa da população acima de 18 anos de cada unidade da federação.

“O Ministério da Saúde, em momento nenhum, mudou a metodologia. A diferença é que temos que obedecer um princípio maior, que rege toda a gestão do SUS [Sistema Único de Saúde], que se chama equidade. Ela tem que ser sempre buscada e preservada. O Ministério da Saúde tem a obrigação de olhar para todos os brasileiros da mesma forma, independentemente da unidade federativa”, disse a secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo.

De acordo com o ministério, a medida foi acordada entre representantes da União, estados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e municípios pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), após a conclusão do envio de vacinas para imunizar todos os 29 grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

O ministério informou ainda que o ajuste na distribuição não impactará na distribuição das vacinas para a segunda dose, já que todos os estados continuarão recebendo o quantitativo necessário para completar todos os esquemas vacinais.

Com Agência Brasil

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