Braços cruzados

Professores da rede estadual entrarão em greve na próxima semana

Profissionais questionam que piso nacional não será para todos

Categoria decidiu pela greve em assembleia nesta quinta (11)
Categoria decidiu pela greve em assembleia nesta quinta (11) |  Foto: Reprodução/Instagram

Um dia após o Governo do Estado anunciar que vai conceder o piso nacional do magistério (que é cerca de R$ 4,4 mil atualmente), os profissionais de Educação decidiram em assembleia, nesta quinta-feira (11), que vão entrar em greve a partir da próxima quarta-feira (17) por tempo indeterminado. O motivo? Justamente a proposta apresentada pelo governo, uma vez que, segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), não contempla todos os professores da rede estadual de ensino. 

O Governo do Estado diz que a correção será concedida a todas as carreiras de professores e paga a partir da folha salarial relativa ao mês de maio, e o pagamento também contemplará os servidores inativos do magistério.

Leia +: Estado anuncia que vai pagar o piso nacional do magistério no Rio

O Sepe, por sua vez, afirma que Castro está "mentindo, pois o plano do governo não é uma incorporação do piso a todas as carreiras e sim um reajuste dos salários que estão abaixo do piso. Segundo a Seeduc, 33% dos aposentados e 42% da ativa recebem abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste”.

Ainda segundo o Sepe, o valor teria que ser correspondido ao tempo de trabalho, o que não foi acordado. "Só vai receber esse valor quem está chegando agora. Cerca 70% dos professores que estão em atividade não terão esse reajuste e 60% dos aposentados também não serão contemplados. Ou seja, ele (governador) está destruindo o plano de carreira", disse a coordenadora do Sepe, Samantha Guedes.

O Governo do Estado afirmou também que está trabalhando para que chegar a um denominador comum e que irá cumprir a lei, “mas que existe a necessidade da complementação e apoio do governo federal e, inclusive, um projeto de lei no Congresso Nacional que criaria o piso nacional dos funcionários administrativos”.

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