Cidades
Projeto leva música para escolas de Maricá
Quem canta, seus males espanta e ainda aprende mais e melhor. Respeito, cooperação e autoestima são outros benefícios da música. É o que afirma o professor Sérgio Aranda, responsável pelo projeto de musicalização nas 56 escolas municipais de Maricá.
A escola municipal Antonio Rufino de Souza Filho, na Gamboa, é a mais nova unidade a receber as aulas de musicalização, duas vezes por semana, com uma hora de duração cada. Todos os 141 alunos, do pré-escolar até o quinto ano, entre três e 14 anos, passam pela experiência transformadora. As aulas de canto são para todos, mas do coral participa quem quiser.
“A arte é um excelente caminho para a educação e a disciplina. A música, com a pintura e a dança também implementados agora, darão uma identidade à escola e uma representatividade dentro da comunidade”, fala a diretora geral Diana Ribeiro. “Os alunos estão mais calmos e mais unidos, com maior capacidade de concentração e autoestima”, assegura Henáldia Macedo, diretora adjunta e professora do 5º ano. E entre a garotada a aprovação também parece ser unânime. “As aulas são maneiras, acalmam mesmo”, exclama Vitor Schumaker, 12 anos. “Muito legal. Até ensaio com minha irmã em casa”, conta Hellen Cristine Rego Ribeiro, de 10.
E os alunos do coral já têm o primeiro compromisso confirmado: apresentação pelos 36 anos de fundação da escola, na próxima terça-feira (20). Na ocasião, os alunos cantarão a música “A Cura”, de um grupo catarinense chamado Café, que fala sobre gratidão, em homenagem aos funcionários terceirizados que reconstruíram parte da escola após os danos de um temporal em janeiro. O evento é aberto à comunidade.
Formado em Administração e em Artes com habilitação em Música, Sergio Aranda deu um minicurso aos professores em fevereiro para conhecerem o projeto. Segundo ele, a música é determinante no desenvolvimento de qualquer ser humano. “No processo de alfabetização, ajuda na concentração e na socialização. Em crianças autistas, promove a interação; para portadores da síndrome de Down, os especialistas sugerem a dança, mas para isso é preciso música”, enumera o professor. “Toda experiência musical, independentemente do estilo e dos instrumentos, promove habilidades como a capacidade de observação, o senso de localização, a compreensão e o aprendizado de outros saberes. Nosso governo investe na sensibilização, na formação humana, para que nossos educandos sejam capazes de ‘ler o mundo’, como disse Paulo Freire”, declara a secretária municipal de Educação, Adriana Costa.
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