Cidades

Protesto contra as medidas restritivas movimenta Niterói

Publicado às 10h20 / Atualizado às 11h45

Centenas de pessoas se reuniram na orla de Icaraí plem protesto contra as medidas anunciadas pela Prefeitura de Niterói. Foto: Karina Cruz

Centenas de pessoas participaram, neste domingo (11), de uma manifestação contrária às medidas restritivas impostas pela Prefeitura de Niterói no combate ao coronavírus. O ato, que teve início por volta das 10h em Icaraí, na zona sul da cidade, contou com a presença de empresários, comerciantes e do vereador Douglas Gomes (PTC), que faz parte da ala de oposição ao atual prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT).

Com faixas e cartazes quase mil manifestantes se reuniram em frente à reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF), na Rua Miguel de Frias. O protesto seguiu pela orla da praia, que precisou ser fechada parcialmente pela Guarda Municipal durante o ato diante da grande presença dos manifestantes.

'R$ 110 milhões enviados pelo Governo Federal para combater a Covid'

faixa fazia questionamento ao prefeito de Niterói sobre a verba destinada pelo Governo Federal.

Em outra faixa estendida no ato, os manifestantes fizeram duras críticas ao prefeito e ao Supremo Tribunal Federal (STF):

“Essenciais: liberdade, trabalho e fé. Não essenciais: Grael e STF”

Manifestantes levaram diversas faixas e cartazes. Foto: Karina Cruz

Um dos presentes no ato foi o empresário Marcos Damásio, de 37 anos, para ele as medidas impostas pela prefeitura não respeitam os moradores de Niterói e alerta para grande chance de falência em diversos setores.

“Até quando eles continuarão com esse posicionamento de fechar tudo e o empresário que se vire para pagar as contas?! Se continuar desse jeito, pessoas morrerão de fome, e quem vai assumir a culpa?! Queremos trabalhar e estamos aqui pra isso”

O vereador Douglas Gomes (PTC) ratificou a opinião do empresário ao mencionar o risco de falência em massa na cidade.

“Não pode parar a cidade da forma que vem sendo feita. Deve existir um planejamento pelo município que não prejudique a população. Caso seja necessário fechar alguns setores, isso deve ocorrer de forma gradativa”

Quem também esteve presente na manifestação foi o deputado federal Carlos Jordy.

Parte da população protestou contra medidas restritivas. Foto: Karina Cruz

"As faixas estendidas aqui mostram a indignação do cidadão niteroiense que busca trabalhar e levar o pão de cada dia pra casa. O povo quer trabalhar, ninguém aguenta mais essas normas ridículas impostas pela Prefeitura de Niterói"

Agentes civis da Guarda Municipal de Niterói e policiais militares do Batalhão de Niterói (12°BPM) estiveram no local com o objetivo de evitar transtornos durante o ato.

Fio de farpas

As recentes ações adotadas pela Prefeitura de Niterói também têm movimentado as redes sociais. Durante a semana o deputado Carlos Jordy e o ex-prefeito da cidade, Rodrigo Neves, trocaram inumeras acusações e ofensas.

https://twitter.com/carlosjordy/status/1380930138167242758?s=19

A troca de acusações começou no início da semana quando Jordy questionou o processo de vacinação em Niterói. De Portugal, o ex-prefeito saiu em defesa do sucessor Axel Grael, dando início a uma série de acusações até este sábado (10).

Entenda as medidas

O que é permitido

Segundo o decreto, fica permitido o funcionamento dos estabelecimentos com as seguintes atividades, das 0h da próxima segunda-feira (12) até às 23:59 horas do dia 18 de abril.

  • supermercado, laticínios, açougue, peixaria, comércio de gêneros alimentícios e bebidas, hortifrutigranjeiro, quitanda, loja de conveniências, mercearia, mercado, armazém e congêneres, vedado, em qualquer hipótese, o consumo no local;
  • bares e congêneres, quando dotados de estrutura para atendimento,exclusivamente, por sistema drive thru e delivery, vedado, em qualquer hipótese, o consumo no local;
  • lanchonetes, padarias, cafeterias, restaurantes à la carte/prato feito, quando dotados de estrutura para atendimento, exclusivamente por sistema drive thru e delivery, vedado, em qualquer hipótese, o consumo no local no período de 12 de abril às 23:59 horas do dia 18 de abril de 2021;
  • serviços assistenciais de saúde públicos e privados, atividades correlatas e acessórias, ótica, estabelecimentos de comércio de artigos farmacêuticos, correlatos, equipamentos médicos e suplementares e congêneres;
  • serviços de assistência veterinária, comércio de suprimentos para animais, serviços “pet” e cuidados com animais em cativeiro;
  • assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade;
  • comércio de materiais de construção, ferragens e congêneres exclusivamente por sistema drive thru e delivery;
  • estabelecimentos bancários;
  • comércio atacadista e a cadeia de abastecimento e logística;
  • feiras livres de comércio de alimentos;
  • comércio de combustíveis e gás;
  • comércio de autopeças e acessórios para veículos automotores e bicicletas, incluindo-se os serviços de mecânica e borracharias;
  • estabelecimentos de hotelaria e hospedagem, com o funcionamento dos respectivos serviços de alimentação restrito aos hóspedes;
  • transporte de passageiros;
  • indústrias;
  • construção civil;
  • serviços de entrega em domicílio;
  • serviços de telecomunicações, tele atendimento, internet e call center;
  • serviços de locação de veículos;
  • serviços funerários;
  • serviços de lavanderia;
  • serviços de estacionamento e parqueamento de veículos;
  • serviços de limpeza, manutenção e zeladoria
  • serviços de prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais;
  • atividades de segurança pública e privada, incluídas a vigilância, a guarda e a custódia de presos;
  • Escritórios de contabilidade e de tecnologia da informação;

O que está proibido

Segundo a prefeitura, fica suspenso o atendimento presencial, de qualquer natureza, das 0h da próxima segunda-feira (12) até às 23h59 do dia 18 de abril de 2021, nos seguintes estabelecimentos:

  • bares, restaurantes do tipo Buffet ou self service, cafeterias e congêneres;
  • boates, danceterias, salões de dança e casas de festa;
  • museus, galerias, bibliotecas, cinemas, teatros, casas de espetáculo e salas de apresentação;
  • salões de cabeleireiro, barbearias, institutos de beleza, estética e congêneres;
  • clubes sociais e esportivos e serviços de lazer;
  • quiosques em geral;
  • parques de diversões, temáticos e circos;
  • academias de ginástica, lutas, danças e afins;
  • bancas de jornal;
  • demais estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços não especificados

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Alan Emiliano

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