Cidades
Protesto contra corte de luz na UFF
Na tarde desta terça-feira (19), um grupo de mais de cem pessoas se reuniu em frente ao Campus da Universidade Federal Fluminense, no Gragoatá, e seguiram em direção à sede da Enel, no Centro, para protestar contra o corte no fornecimento de energia elétrica do prédio da reitoria, na praia de Icaraí. A suspensão aconteceu no último dia 12 por falta de pagamento. Em nota publicada no site, o reitor Sidney Mello explica que existe um acordo judicial assinado pelo Ministério da Educação para o pagamento de uma dívida antiga, referente aos anos de 2014 e 2015, que está fora do orçamento previsto para este ano. O débito já ultrapassa os R$16 milhões.
Com o corte, as funções administrativas e de emissão de documentos foram transferidas para outros prédios da universidade. Nas redes sociais, estudantes se mobilizaram pedindo apoio à causa #NãoDeixeApagaremAUFF. “A gestão que assumiu a reitoria recebeu um montante de dívidas internas total de R$ 74 milhões. Ao mesmo tempo, o MEC cortou mais de 13,1 milhões de reais da verba repassada para a UFF naquele ano. Pressionada pelas dívidas, de diversas naturezas, a gestão priorizou o pagamento de bolsistas e dos terceirizados”, diz a nota publicada no site da UFF. “Em 19 de janeiro de 2016, houve uma audiência de conciliação na 4ª Vara da Justiça Federal de Niterói, entre a UFF, o MEC e a ENEL (na época Ampla) para negociar o pagamento da dívida com a ENEL. A UFF e o MEC assinaram em juízo o acordo para parcelamento do débito de cerca de R$ 16,4 milhões. O MEC, que se comprometeu a honrar o acordo firmado entre a Universidade e a empresa de energia, entretanto, só repassou cerca de R$ 6,1 milhões em recursos extra orçamentários e, por isso, este acordo não foi honrado como esperado. Faltam ainda mais de R$ 10 milhões.”
Resposta da concessionária Enel:
Entramos com contato com a assessoria da Enel Distribuição Rio, que esclarece “Os R$ 5,8 milhões pagos pela UFF no mês de outubro/2017 representam apenas parte de um acordo que havia sido feito na ocasião entre as duas partes e segundo o qual a universidade pagaria R$ 8,8 milhões no total para a companhia. A distribuidora ressalta, portanto, que a dívida da universidade com a concessionária continua em aberto e ultrapassa atualmente os R$ 19,8 milhões”, conclui a nota. Até agora não há uma solução para o impasse e a reitoria continua com o fornecimento de energia elétrica suspenso.
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