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Região Metropolitana tem alto risco para Covid-19

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Nova edição do Mapa de Risco indica que 12% da população fluminense vive em região agora com bandeira vermelha. Foto: Pedro Conforte

A Região Metropolitana II do Estado do Rio passa a ser classificada em bandeira vermelha, de alto risco para a Covid-19. Outras três estão classificadas em bandeira laranja, de risco moderado: Regiões Metropolitanas I, Baía da Ilha Grande e Médio Paraíba. É o que mostra a décima edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada nesta quinta-feira (26) pela Subsecretaria Extraordinária de Covid-19.

Ao todo, 12% dos moradores do estado residem na Região Metropolitana II, que abrange sete municípios: Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá. Na edição anterior do Mapa, divulgada em 4 de novembro, nenhuma região apresentava alto risco (bandeira vermelha) e apenas uma das nove regiões do estado, a Baixada Litorânea, apresentava risco moderado, com bandeira laranja. As demais estavam classificadas em amarelo, de baixo risco para Covid-19.

O estado, de modo geral, ainda permanece classificado em baixo risco da doença, simbolizado pela bandeira amarela, que também é a classificação das seguintes regiões: Baixada Litorânea, Centro-Sul, Noroeste, Norte e Serrana.

Na bandeira laranja, precisam ser cumpridas todas as medidas de distanciamento social já adotadas na bandeira amarela e as seguintes medidas adicionais:

suspensão de atividades escolares presenciais; proibição de qualquer evento com aglomeração, conforme avaliação local; adoção de distanciamento social no ambiente de trabalho, conforme avaliação local; avaliação da suspensão de atividades econômicas não essenciais, com limite de acesso e tempo de uso dos clientes, conforme o risco no território; e avaliação da adequação de horários diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomeração nos sistemas de transporte público.

Na bandeira vermelha, além das medidas da bandeira laranja, deve-se suspender as atividades econômicas não essenciais definidas pelo território, avaliando cada uma delas; e definir horários diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomeração nos sistemas de transporte público.

Em todo o estado houve redução nos números de óbitos (18,02%), mas aumento no número de casos (4,98%) da doença na comparação entre as semanas epidemiológicas 46 (08 a 14 de novembro) e 44 (25 a 31 de outubro).

A taxa de ocupação de leitos de enfermaria destinados aos pacientes de Covid foi de 42,77%, e a de leitos de UTI, 60,83%. Ao todo, seis indicadores são usados no cálculo. Os demais são: a previsão de esgotamento de leitos de UTI, que ficou em 30 dias; e a taxa de positividade para a doença, que ficou em 24,47%.

Em todas as regiões do estado, a taxa de positividade ficou acima de 23,6%. Na Baía da Ilha Grande, chegou a 39,89%, maior índice do estado, seguida pela Região Metropolitana II, em que foi 38,23%, e pela Metropolitana I, onde ficou em 37,54%.

O número de casos aumentou 91,67% na Baía da Ilha Grande e na 28,86% na Região Metropolitana II. Na Baixada Litorânea, o aumento foi de 18,06%. O número de óbitos aumentou 53,85% na Região Metropolitana II; 28,57% na Baía da Ilha Grande; e 7,69% na Região Médio-Paraíba.

O tempo mínimo para esgotamento de leitos de UTI foi registrado na Região Metropolitana I: 17 dias. Na Metropolitana II, o tempo registrado foi de 20 dias. As maiores taxas de ocupação dos leitos de UTI estão nas Regiões Metropolitana II (75,25%), Metropolitana I (73,14%) e Noroeste Fluminense (70,45%).

Cada nível de risco representa um conjunto de recomendações de isolamento social. As bandeiras e os riscos relacionados variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

Casos

Niterói

A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói informa que o município já tem 16.308 pacientes recuperados da Covid-19 até esta sexta-feira (27). Ao todo, a cidade registra 17.122 casos confirmados da doença e 174 pessoas em isolamento domiciliar sendo acompanhados pela Secretaria. Niterói registra 521 óbitos.

Maricá

Maricá registra, até esta sexta-feira (27), 4.582 casos confirmados e 149 óbitos por Covid. Os novos óbitos deste boletim são de um homem de 63 anos, de Itaipuaçu; um outro homem de 61 anos, de Araçatiba; uma mulher de 71 anos, do Barroco e outra mulher de 73 anos, de Itaipuaçu. Estão curadas da doença 4.372 pessoas e há no momento 61 casos ativos, além de 34 óbitos em análise pela Secretaria de Estado de Saúde.

A taxa de ocupação de leitos disponíveis para Covid-19 em Maricá no período de 20 a 26 de novembro dos hospitais Conde Modesto Leal e Dr. Ernesto Che Guevara foi de 83,4%, sendo 21,5% de pacientes de outros municípios. Na semana anterior a taxa era de 61.9%, sendo 3,6% de pacientes de outras cidades.

A Nota Técnica semanal divulgada nesta sexta-feira (27) pela Secretaria de Saúde de Maricá mantém a cidade na Bandeira Amarela estágio 2 e reforça as medidas de segurança e protocolos sanitários na cidade. Foi observado um aumento dos indicadores do comportamento da pandemia.

Baseado na Nota Técnica, a Prefeitura de Maricá adotou várias ações como a distribuição de máscaras à população, agentes da Seop orientando os comerciantes sobre a importância das medidas de proteção, como uso do álcool em gel, verificação da temperatura dos clientes e instalação de barreira em Ponta Negra para a fiscalização de ônibus de turismo não autorizados.

São Gonçalo

De acordo com o boletim atualizado da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade de São Gonçalo registrou sete óbitos em decorrência do novo Coronavírus (Covid-19), nesta sexta-feira (27), chegando a 766 no total.

Até o momento, São Gonçalo contabiliza 23.192 casos confirmados, 21.397 curados, 82 hospitalizados na Rede Pública Municipal de Saúde, 947 em quarentena domiciliar, 766 óbitos confirmados e 38 óbitos em investigação.

Com 1.951 casos confirmados, o Jardim Catarina é o bairro com maior número de pessoas infectadas desde o início da pandemia, seguido por Trindade (806), Colubandê (743), Itaúna (599) e Rocha (527).

Estado

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informa que registra, até esta sexta-feira (27), 347.348 casos confirmados e 22.448 óbitos por coronavírus (Covid-19) no estado. Há ainda 355 óbitos em investigação e 2.298 foram descartados. Entre os casos confirmados, 318.771 pacientes se recuperaram da doença.

Vacina

A ordem de vacinação contra a Covid-19 dependerá da disponibilidade de doses a partir do tratamento que será adquirido e disponibilizado pelo governo no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A afirmação foi feita nesta sexta (27) por representantes do Ministério da Saúde em entrevista coletiva na sede do órgão.

“A sequência de vacinação vai depender da disponibilização em escala da vacina para o país”, declarou o secretário executivo da pasta, Élcio Franco. A “escala” envolve a quantidade de doses e o cronograma de aquisição e consequente disponibilização destas.

Franco acrescentou que a definição dos públicos prioritários será feita pelo governo a partir de dois tipos de informações. O primeiro envolve aqueles segmentos com maiores riscos de evoluir para um quadro grave, os chamados grupos de risco. Neste universo estão pessoas idosas e com comorbidades.

O segundo tipo de informação diz respeito à própria vacina que será utilizada. “Por outro lado o aspecto farmacológico com a bula da vacina. Iremos identificar os públicos para os quais ela oferecerá segurança e eficácia. Fazendo a confrontação dos dados, iremos definir os públicos prioritários para vacina”, pontuou o secretário executivo.

Testes

Os representantes do Ministério da Saúde falaram sobre o envio de testes. Até o momento, a pasta distribuiu 8,68 milhões de testes a estados e municípios, tendo sido executados 5,6 milhões na rede pública. Com 4,37 milhões na rede privada, o total de exames realizados chega a 10 milhões de testes no Brasil.

Nesta semana, segundo reportagens na imprensa, o Ministério possui mais de seis milhões de testes estocados em um depósito no estado de São Paulo próximos do fim do prazo de validade.

A pasta declarou que estuda a possibilidade de extensão da validade dos medicamentos em diálogo com o fabricante, a empresa Seegene, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa possibilidade dependerá de uma avaliação da Anvisa.

O técnico da Coordenação-geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério, Alexander Vargas, sublinhou na entrevista coletiva que a Seegene já teria entrado com o pedido para que a Agência possa analisar.

Entregas

Na entrevista coletiva, a equipe do Ministério também atualizou dados de ações, investimentos e entregas de combate à pandemia. Foram habilitados 16.073 leitos de UTI e 1.529 de suporte ventilatório (utilizado antes do paciente ir para a UTI).

Foram destinados 301,5 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs), como toucas, máscaras, sapatilhas, luvas e kits de higienização com álcool em gel.

A pasta aplicou R$ 2,5 bilhões em outras ações como o programa Saúde na Hora Emergencial, Centros de Atendimento à Saúde e Centros Comunitários para Enfrentamento à Covid-19, além da contratação adicional de profissionais pelo Mais Médicos Brasil.

Com Agência Brasil

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