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Aos poucos, o Direito pode ser integrado à gig economy, modelo de negócio que leva às plataformas digitais a negociação entre prestadores e fornecedores. O formato, que irrompeu no setor de hotelaria, transporte individual e delivery, se aproxima agora dos escritórios de advocacia através da plataforma Conexão Jurídica.
A sinalização para a mudança partiu do 5º andar da Bolsa de Valores do Rio, escritório principal da Vivacqua Advogados. Ainda que com uma equipe de 22 advogados no Rio e escritórios em Brasília e São Paulo, resolver audiências e diligências fora do eixo eram um desafio.
Para cumprir todas as etapas de processos que ultrapassam a região do escritório, a equipe precisa acionar advogados ‘correspondentes’ de ponta a ponta. No entanto, buscar quem resolvesse a burocracia de litígios como clonagem de cartões e fraudes financeiras — e resolvesse com qualidade — nos estados consumia o tempo demais. Era preciso refletir sobre possibilidades que viabilizasse qualidade de otimização de tempo.
Comecei a reparar essa rotina do meu escritório e notei que era possível fazer o que já era feito na advocacia, mas de forma muito menos trabalhosa Ricardo Vivacqua,
Vivacqua convocou, então, o engenheiro de computação e ex-Deloitte Alan Seleme para o desenvolvimento da plataforma internamente. O sistema funcionou com os correspondentes do escritório. Após a integração total desta versão beta à rotina da empresa, o escritório notou um flanco no mercado.
Afinal, o volume de audiências e diligências é considerável: são 80 milhões de processos em tramitação no país, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Incorporar a plataforma no modus operandi da indústria do Direito é a meta da empresa.
"Na advocacia de massa, deslocar um advogado até Manaus para uma audiência pode custar mais caro que o próprio valor do processo. O que o mercado faz hoje é buscar alguém em catálogos, ligar, verificar a agenda e acordar os honorários. O que fizemos foi automatizar todo esse processo", simplifica Vivacqua.
Mas como funciona? No vídeo a seguir a Alan Seleme explica como será essa relação entre os escritórios e prestadores na plataforma:
Vantagens
O Conexão Jurídica oferece cadastro gratuito para advogados e empresas. Quando um escritório informa que está em busca de um correspondente para determinada ação dentro do processo, os advogados que atendem a região e área do Direito recebem uma notificação por e-mail, é o que o explicado o desenvolvedor do projeto Alan Seleme.
Os interessados lançam sua proposta e a empresa decide, após considerar os honorários e avaliação do proponente, quem está apto a realizar o pedido. “Entre os nossos correspondentes, a principal reclamação era a inadimplência dos escritórios. Resolvemos isso a partir da custódia do valor negociado”, detalhou Vivacqua.
O valor fica, portanto, retido pela plataforma entre a negociação do serviço e a execução. Os advogados são, ainda, avaliados pelo resultado. Todo o procedimento é gratuito — a plataforma retém apenas uma taxa irrisória fixa de R$ 1,30 quando a transação é finalizada.
Para os escritórios, outra vantagem: a própria plataforma gera relatórios gerenciais e financeiros. Para o sócio e CTO, Alan Seleme, o Conexão está preparado para absorver o alto volume de processos judiciais em andamento.
Serviço
O cadastro está disponível pelo site www.conexaojuridica.net/, mas apostando na praticidade, a equipe já avança para o lançamento do aplicativo da plataforma. Advogados e escritórios jurídicos passam a contar com o serviço que promete otimizar trabalhos valorizando o tempo de juristas.
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