Cidades

Rio de Janeiro pode enfrentar epidemia de chikungunya

O estado do Rio de Janeiro pode sofrer uma epidemia de 
chikungunya e para o aumento de casos de febre amarela no verão de 2018 e 2019. Esse foi o alerta dado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pela 
Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e outros órgãos municipais de saúde, na terça-feira (12).

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, de janeiro até outubro deste ano, já foram notificados cerca de 37 mil casos de chikungunya no estado, enquanto ao longo de 2017, no mesmo período, foram registradas 4.425 ocorrências, o que representa um aumento de 736,2%.

Casos de chikungunya no estado do RJ em 2017 e 2018 (Foto: Reprodução/Governo do Estado)

Ainda de acordo com a Secretária Estadual de Saúde, até dia 27 de novembro foram notificados 696 casos de chikungunya na Região Metropolitana I do estado, que engloba Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Rio Bonito, com um óbito.

“Temos que preparar o estado para enfrentar esse cenário epidemiológico. É preciso debater o que já foi feito e o que falta fazer. No caso da chikungunya, temos que pensar em um centro de hidratação com analgesia, em leitos em hospitais para casos graves, em especial para casos pediátricos”, observou o pesquisador e infectologista da Fiocruz, Rivaldo Venâncio da Cunha, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Instituição.

Rivaldo Venâncio comentou também sobre a possibilidade de pegar a doença. “A chance de um mosquito infectado pelo vírus chikungunya encontrar uma pessoa sem anticorpos é gigantesca no atual cenário do Rio de Janeiro, onde a maioria da população não tem anticorpos contra essa doença”.

Aedes aegypti, mosquito transmissor da chikungunya, dengue e zika (Foto: Reprodução/Fotos Públicas)


Para o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Gama, o enfrentamento contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya e vacinação contra a febre amarela, doença transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes é um dever de toda a sociedade. 

“Ao longo dos anos, o estado criou diversas estratégias para o combate ao Aedes e mais recentemente tivemos êxito evitando uma epidemia de febre amarela. Nos dois casos, precisamos do apoio irrestrito da população e é isso que estamos buscando com esse evento: criar novas estratégias para mobilizar as pessoas", disse o secretário. 

Para Sérgio Gama é importante “atuar fortemente” para conter o avanço do mosquito, além de convocar a população para fazer parte das medidas de controle e se imunizar contra a febre amarela com as vacinas disponíveis nos postos de saúde. Este ano, já foram 268 casos de Febre Amarela. 

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