Cidades
Rio está em situação de crise há mais de 30 horas
O Rio de Janeiro permanece em estágio de crise desde a noite de segunda-feira (8), portanto, há mais de 30 horas, por causa de chuvas. A previsão para hoje é de chuvas fracas a moderadas com possibilidade de pancadas fortes em alguns momentos.
As chuvas, que foram as mais fortes dos últimos 22 anos, segundo o site Climatempo, já mataram dez pessoas.
Na madrugada de hoje, os bairros mais atingidos foram Ilha do Governador, com 69,2 milímetros de chuvas, e Tijuca, com 44,8 mm.
Choveu forte na Tijuca e no Jardim Botânico. Ainda há várias ruas alagadas e bolsões d’água. Quedas de árvores também foram registradas, o que dificulta o trânsito em vários pontos.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse, nessa terça-feira (9), que pretende editar decreto com o novo protocolo a ser seguido pelos órgãos municipais em situações de emergência provocadas por forte chuva na cidade. Logo que o município entrar em estágio de atenção, Crivella e os secretários vão se reunir para definir, de imediato, ações em pontos estratégicos com as equipes da prefeitura, que buscarão minimizar os efeitos do temporal.
De acordo com o prefeito, será decidido por exemplo onde colocar as equipes da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), as da Conservação, o pessoal de drenagem, enfim, todas que serão necessárias. “Vamos fazer até um decreto sobre isso: colocar as equipes nas ruas, já no estágio de atenção, em vez de tomar essa decisão quando as coisas se configuram com mais clareza”, afirmou.
Crivella admitiu que esse novo protocolo já deveria ter sido implementado nas chuvas anteriores, como as que ocorreram nos dias 6 e 7 de fevereiro e deixaram sete mortos.“Já tinha pensado nisso, na crise que tivemos na vez passada. Infelizmente, não a implementamos como deveríamos. Agora, vai fazer parte de um protocolo, de um decreto”, acrescentou.
Outra decisão anunciada pelo prefeito foi a de triplicar as equipes de conservação encarregadas da drenagem de ralos e bueiros. Esse aumento de equipes começa este ano e será concluída até o fim de 2020. Crivella lamentou as mortes ocorridas em decorrência do temporal de ontem - pelo menos 10 confirmadas até agora.
“Lamentamos profundamente as mortes que ocorreram e que nos levam, mais uma vez, a fazer um apelo às pessoas: não saiam de casa se não houver realmente necessidade; não toquem em nada que esteja eletrificado; se identificarem na sua casa qualquer fissura ou rachadura, sobretudo na estrutura, nas colunas, vigas e lajes, por favor, liguem para o 1746, para que a gente possa mandar o nosso pessoal da Defesa Civil verificar se há qualquer tipo de risco de desabamento”.
Agência Brasil
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