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    Rio: Mais de mil pessoas se tratam contra a hanseníase

    Publicado 27/01/2020 às 14:40 | Autor: Plantão Enfoco
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    A doença tem cura, e o tratamento disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) interrompe a sua transmissão em até 48 horas. Foto: Divulgação

    Janeiro Roxo é o mês da conscientização sobre a hanseníase. O período serve como alerta sobre um importante problema de saúde pública que, apesar do manejo clínico bem estabelecido, ainda representa um desafio para o estado do Rio de Janeiro e o Brasil: a hanseníase.

    A doença tem cura, e o tratamento disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) interrompe a sua transmissão em até 48 horas. Mesmo assim, o Brasil é o segundo país com o maior número de novos casos no mundo, atrás somente da Índia.

    De acordo com levantamento da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), 950 casos foram notificados em 2018 e, hoje, 1.194 pessoas estão em tratamento no estado – 40 pacientes menores de 15 anos e 293 com algum grau de incapacidade física, o que pode ocorrer quando a doença é diagnosticada tardiamente.

    O Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase foi comemorado neste último domingo de janeiro. Para superar esse quadro desafiador, é preciso vencer o preconceito.

    Devido ao estigma associado à doença (até a década de 1980, no Brasil, pacientes com hanseníase eram submetidos ao isolamento compulsório), muitas pessoas ainda têm medo de realizar o diagnóstico. No entanto, somente a identificação precoce da doença e o início imediato do tratamento podem garantir desfechos favoráveis, sem sequelas.

    Segundo o gerente de hanseníase da Subsecretaria de Vigilância Sanitária da SES-RJ, André Luiz da Silva, o diagnóstico pode ser feito nos postos de saúde de todo o estado.

    "Entre os principais sintomas estão o aparecimento de manchas claras ou avermelhadas nos braços e pernas, formigamento, perda de sensibilidade nessas regiões e o surgimento de caroços pelo corpo. O tratamento, gratuito e disponível no SUS, é realizado com comprimidos e pode durar de seis meses a um ano. É muito importante que todas as pessoas que moram no mesmo domicílio do paciente sejam avaliadas pelos profissionais de saúde para afastar o diagnóstico", afirma o especialista.

    Roda Hans

    Para ampliar o acesso da população fluminense ao diagnóstico da hanseníase, por ocasião do Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Hanseníase no ano passado, 5 de agosto de 2019, a SES-RJ e o Ministério da Saúde promoveram o Projeto Roda-Hans no Rio de Janeiro.

    A ação contou com diversas estratégias de atuação: uma carreta com consultórios percorreu, por dois meses, 19 municípios para conscientizar a população sobre a hanseníase. Foram realizadas consultas dermatológicas, além de disponibilizar uma equipe qualificada treinando profissionais de saúde. O objetivo foi identificar casos da doença, capacitar profissionais e fornecer informações para combater o preconceito.

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