Ação

Rio: prefeitura faz demolição de prédio de três andares na Muzema

Imóvel está em um local de risco de acordo com o MPRJ

Os engenheiros da Prefeitura estimam que o prédio valia R$3 milhões
Os engenheiros da Prefeitura estimam que o prédio valia R$3 milhões |  Foto: Paulo Mac / Comunicação Seop
 

A Secretaria de Ordem Pública e a Subprefeitura de Jacarepaguá realizaram nesta terça-feira, dia 19, mais uma operação de demolição de construção irregular na região da Muzema, Zona Oeste do município do Rio, em área sob forte influência do crime organizado. O imóvel estava localizado no condomínio "Figueiras do Itanhangá", a menos de 100 metros de onde, em 2019, houve o desabamento de dois prédios de cinco andares e que culminou com a morte de 24 pessoas. Os engenheiros da Prefeitura estimam que o prédio valia R$3 milhões (valor investido na obra + valor de venda dos apartamentos).

As obras estavam sendo realizadas sem nenhuma licença e aparentemente sem o acompanhamento técnico devido, considerando diversos vícios construtivos observados pela equipe da Coordenadoria Técnica de Operações Especiais (COOPE). O imóvel, que tinha vista para a Lagoa de Jacarepaguá, possuía três andares, sendo dois em fase de acabamento e um em fase de alvenaria, com indícios que outros pavimentos seriam erguidos pelos responsáveis. Até o momento, o prédio tinha seis apartamentos de 70m2, em média. Também foi encontrada uma ligação clandestina de água. "Essa ação aqui na Muzema é mais uma operação fundamental no combate às construções irregulares na cidade do Rio.

A SEOP vem travando essa luta diariamente e, desde o início do ano de 2021, já são 970 demolições realizadas em ocupações irregulares do espaço público, especialmente em áreas que sofrem a influência do crime organizado. Continuaremos realizando essas operações, uma vez que através delas, retomamos a ordem pública na cidade, preservando a vida das pessoas - lembrando que aqui nesse condomínio houve um grande acidente com vítimas fatais em 2019 - e asfixia financeiramente o crime organizado, tendo em vista que esse é um grande mote de lavagem de dinheiro para os criminosos", destaca o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale. A construção foi erguida em uma encosta, em área de alto risco geológico, sem obras de contenção e sem nenhuma licença para sua execução, sendo, portanto, totalmente ilegalizável. Os responsáveis foram notificados previamente.

A região da Muzema está sob monitoramento permanente da fiscalização da Prefeitura e já constam para o local mais de 60 processos em andamento. “Essa é mais uma operação de demolição de construção irregular que realizamos e não podemos permitir, principalmente pela segurança dos moradores. Nesse caso aqui, estamos muito próximos de uma encosta, no condomínio onde, em 2019, 24 pessoas morreram. São travessias que acontecem e as pessoas continuam construindo nessas áreas de risco. Por isso, mais uma vez, segue o nosso alerta para que as pessoas não construam sem licença, sem um engenheiro responsável ou sem algum tipo de legalidade.

A Prefeitura vai continuar fiscalizando, agindo e, em casos como esse, demolindo”, reforça a subprefeita de Jacarepaguá, Talita Galhardo.Também participaram da operação o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Secretaria de Conservação, Guarda Municipal, Comlurb, Rio Luz, Light, Iguá e Polícia Militar.

Agência Brasil

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