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Cantora denuncia caso de racismo dentro de aeroporto do Rio
Luciane Dom contou que passou por revista e scanner corporal
A cantora Luciane Dom, de 34 anos, usou suas redes sociais para denunciar uma situação de racismo que passou ao tentar embarcar no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, nesta quinta-feira (14). De acordo com ela, houve uma abordagem de uma funcionária do aeroporto, logo após ter passado pela revista e scanner corporal, quando ela foi obrigada a passar por uma nova revista no cabelo.
A ministra Anielle Franco lamentou o caso nas redes sociais e destacou que casos como este “não são pontuais”. Em seguida, ela concluiu: "Nosso corpo e nosso cabelo precisam ser respeitados. A equipe do Ministério de Igualdade Racial já está se mobilizando para entender e acompanhar o caso". Além disso, Anielle afirmou que o Ministério de Igualdade Racial está acompanhando o caso.
Acabaram de revistar o meu cabelo no Aeroporto Santos Dumont! pic.twitter.com/r6zr8E5ZOM
— Lu Dom - escute “É Natal” 15/12 (@LucianeDom) December 14, 2023
Luciane é uma mulher negra e usa o cabelo no estilo black power. Em suas redes sociais, ela desabafou sobre o ocorrido e disse que está sem chão, frustrada e decepcionada pelo o que ocorreu.
"Por mais que seja algo que eu espere, é muito ruim quando acontece. Fere algo muito profundo da nossa dignidade", disse ao chegar em São Paulo, na tarde desta quinta-feira. A cantora continua o desabafo: "A questão do cabelo pega muito porque a gente fala tanto sobre ancestralidade, mas a 'parada' parece que não muda. Só não quero ficar adoecida por causa disso, algo ruim, cruel", afirmou a artista.
Nos comentários da postagem, que viralizou nas redes sociais, os internautas apoiaram a cantora, no entanto outras criticaram.
Luciane estava no Rio para divulgar uma apresentação de sua música “É Natal”, durante a noite desta quarta-feira (13), e embarcou para São Paulo logo em seguida para continuar a divulgação do trabalho musical. A cantora afirmou que irá denunciar o caso, no entanto ainda não fez.
Segundo a Infraero, responsável pela administração do Aeroporto Santos Dumont, a cantora passou por uma inspeção manual e foi escolhida de forma aleatória. "Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve uma inspeção nos cabelos", disse o órgão por meio de nota.
A empresa reforçou também que "a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro".
“A Infraero reitera que repudia quaisquer formas de discriminação, que comportamentos como injúria racial e racismo não são tolerados nos aeroportos sob sua administração e está à disposição das autoridades competentes para os esclarecimentos que façam necessários”, finalizou a nota.
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