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    Denúncia

    Cláudio Castro é acusado de desviar verba para camarote na Sapucaí

    Local é destinado a receber parentes, aliados e amigos

    Publicado 06/02/2024 às 15:01 | Atualizado em 06/02/2024 às 17:37 | Autor: Enfoco
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    A importância cultural do Carnaval foi citada como razão para o investimento
    A importância cultural do Carnaval foi citada como razão para o investimento |  Foto: Lucas Alvarenga

    O governo do Rio de Janeiro gerou controvérsias ao solicitar, na última sexta-feira (2), um termo de cooperação no valor de R$ 3 milhões à Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), para o camarote do governador Cláudio Castro na Sapucaí. Esse órgão é subordinado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

    Os fundos, originalmente designados para produções culturais em teatros, foram retirados do pagamento antecipado do duodécimo, que deveria ser destinado a projetos culturais em 2024. 

    O governo justificou a decisão, alegando que a Funarj possui "expertise em produção" e que o acordo de cooperação técnica visa à "montagem do tradicional camarote do Governo do Estado". A importância cultural do Carnaval também foi citada como razão para o investimento.

    O camarote do governador é um espaço tradicionalmente destinado a receber parentes, aliados, amigos e familiares do chefe do Executivo, além de eventuais interessados em investir no Rio. 

    Embate com ex-subsecretário 

    O advogado Victor Travancas, ex-subsecretário de Castro, emitiu um ofício em janeiro afirmando que a Marquês de Sapucaí não oferece condições seguras para os cidadãos e turistas. 

    Após coordenar inspeções de fiscalização no sambódromo, Travancas mencionou a concessão "estranha" de alvarás autorizativos pelo Corpo de Bombeiros, apontando que todas as saídas de emergência estavam lacradas e havia construções irregulares, além de fiação de alta tensão exposta.

    Travancas pediu exoneração do cargo logo após, com a afirmação de que queria "estar longe do espetáculo", já que não deseja "carregar na minha consciência a culpa de mortes que venham a ocorrer em eventuais tragédias, num evento com alvará ilegais e irresponsáveis concedidos pela Administração Estatal".

    Contatados, o Corpo de Bombeiros e o Governo do Estado não responderam sobre o assunto até a postagem desta reportagem. 

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