Segurança pública
Paes quer 4,2 mil agentes na Força Municipal de Segurança; veja salários
Prefeito apresentou projeto na Câmara de Vereadores
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O prefeito Eduardo Paes (PSD) levou à Câmara Municipal do Rio o projeto que prevê a criação da Força Municipal de Segurança, com a formação de 4,2 mil agentes armados até 2028.
O objetivo principal é ampliar o policiamento ostensivo em áreas com alta incidência de crimes como roubos de rua e de veículos, além de colaborar com as polícias estaduais. A proposta será uma parceria com o Exército, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça, e terá foco em áreas específicas, como a proteção de mulheres e idosos.
Os agentes municipais, que passarão por treinamento especializado, terão um salário inicial de R$13,3 mil, enquanto os gestores receberão R$19,4 mil. Uma das premissas do projeto será a prevenção de crimes, com presença ostensiva em locais de grande movimento e uso de tecnologias de monitoramento, como câmeras de segurança e iluminação pública.
O projeto ainda prevê mudanças na Guarda Municipal do Rio (GM-Rio), com o fortalecimento de grupamentos especiais e a ampliação do uso da tecnologia. Além disso, o processo de seleção para os novos agentes será feito por concurso público, com foco em oficiais militares reformados.
Em um momento de crise na segurança pública, Paes também criticou a ausência dos prefeitos nos debates nacionais sobre segurança e reforçou a importância de os municípios participarem das decisões sobre políticas públicas.
"Os municípios vão assumindo tarefas e responsabilidades, mas não há um financiamento federal para essa história? Quando tem discussão sobre segurança pública em Brasília, o presidente da República chama só os governadores. Isso precisa mudar", afirmou.
Paes também mencionou sua intenção de levar o debate sobre a participação dos municípios na segurança para o plano nacional, acrescentando: "Vivemos uma situação de anomia, e não posso ficar parado assistindo a isso".
Após ser protocolado, o projeto passará por análise nas comissões da Câmara e será votado em plenário em duas sessões.
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