Homenagens

Personalidades do futebol comparecem ao velório de Zagallo

Cerimônia aconteceu no museu da sede da CBF, no Rio

Amigos prestaram solidariedade à família de Zagallo
Amigos prestaram solidariedade à família de Zagallo |  Foto: Lucas Alvarenga

“O Zagallo era o grande mestre de todos os treinadores brasileiros”. Assim definiu o tetracampeão de futebol Zinho, na manhã deste domingo (7) durante o velório do ex-jogador e ex-técnico Mário Lobo Zagallo, que aconteceu na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Muitas personalidades do mundo do futebol compareceram à cerimônia, como o técnico do Flamengo, Tite, o ex-jogador Reinaldo, do Atlético-MG e Seleção, entre outras. 

Zinho definiu o 'Velho Locbo' como revolucioário no futebol
Zinho definiu o 'Velho Locbo' como revolucioário no futebol |  Foto: Lucas Alvarenga

“Ele foi a pessoa que revolucionou o futebol. Aprendi o que é amar a Seleção Brasileira vendo o choro, a alegria e intensidade do Zagallo. Quando fui para a seleção vendo quem verdadeiramente era o Zagallo, vi o quanto é importante vestir a camisa. Que os jovens saibam disso”, completou o ex-jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira. 

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Quem também fez questão de se despedir de Zagallo foi o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.

Eduardo Bandeira de Mello destacou legado
Eduardo Bandeira de Mello destacou legado |  Foto: Lucas Alvarenga

“Eu era o representante do Zagallo dentro do campo. Ele me convencia nos nossos bate-papos do dia a dia. Ele era uma pessoa excelente. É uma pena que ele foi embora, mas deixou o legado", disse Bandeira de Mello. 

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, reconduzido ao cargo na última semana por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), também destacou o legado do "Velho Lobo", como Zagallo era carinhosamente chamado. 

“Ele vestiu a camisa, honrada e sempre abençoada. Nós queremos confortar tanto a família como os admiradores pelo pelo mundo inteiro”, disse Ednaldo.

Além de técnicos, dirigentes e ex-jogadores, muitos torcedores, com blusas da Seleção Brasileira e de times cariocas, também foram à sede da CBF para homenagear Zagallo. Entre eles, o caminhoneiro Raul Ezequiel da Silva, de 40 anos, que veio da cidade de Toledo, em Minas Gerais, com a blusa do Fluminense. 

Raul Ezequiel veio de Minas para homenagear Zagallo
Raul Ezequiel veio de Minas para homenagear Zagallo |  Foto: Lucas Alvarenga
Essa é a primeira vez que eu estou vendo ele presencialmente. Infelizmente é dessa forma, mas de qualquer maneira vale a pena, pois ele tem um legado muito grande que vai ficar na história do futebol brasileiro. Raul Ezequiel da Silva, caminhoneiro,

O velório seguirá até as 15h na sede da CBF, quando sairá para o enterro marcado para às 16h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

Zagallo morreu aos 92 anos na noite da última sexta-feira (5). A causa do falecimento foi falência múltipla de órgãos, segundo o hospital Barra D’Or, onde o ex-jogador estava internado desde o fim de dezembro do ano passado. 

Carreira

Ocupando cargos de jogador, técnico ou coordenador técnico, Zagallo é o maior vencedor com a camisa da Seleção Brasileira.

Como atleta, conquistou as Copas do Mundo de 1958 e 1962, já em 1970 venceu como treinador, e, por fim, de 1994, como coordenador da comissão técnica de Carlos Alberto Parreira.

Em outubro de 2022, Zagallo ganhou uma estátua de cera no Museu da Seleção Brasileira, na sede da CBF. A obra levou cerca de dois anos para ficar pronta.

Zagallo também foi técnico do Brasil nos Mundiais de 1998 e 1974, quando ficou na segunda e quarta colocações, respectivamente. Seu último trabalho na Seleção foi como coordenador, estando presente na delegação brasileira na Copa do Mundo de 2006. Nesta última ocasião, o Brasil caiu para a França, nas quartas.

O ídolo do futebol brasileiro soma, ao todo, 36 partidas com a camisa da Amarelinha, sendo 29 vitórias, quatro empates e apenas três derrotas.

Figura de destaque não apenas dentro de campo, Zagallo é dono de um dos bordões usados com bastante frequência no futebol brasileiro quando algum jogador se sente duvidado pelos torcedores e/ou críticos. Em 1997, após a conquista da Copa América, o ex-jogador disse o famoso: "Vocês vão ter que me engolir".

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