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    Vivos dividem espaço com cadáveres em posto de saúde na Baixada

    A denúncia foi realizada através de funcionários da unidade

    Publicado 19/07/2024 às 10:28 | Atualizado em 19/07/2024 às 12:24 | Autor: Enfoco
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    Imagens foram capturadas por funcionários da enfermaria
    Imagens foram capturadas por funcionários da enfermaria |  Foto: Reprodução

    Pacientes vivos tiveram que dividir espaço com mortos, cujos corpos ainda não tinham sido liberados, em um posto de saúde em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A denúncia foi feita por funcionários da enfermaria do Posto de Saúde São João.

    Eles detalharam o cenário de horror ao portal G1. Conforme consta no conteúdo da denúncia, o problema aconteceu após a desativação do necrotério, que não funciona há mais de um mês.

    Imagens registradas e divulgadas mostram uma idosa internada ocupando a mesma sala em que um cadáver dentro de um saco plástico preto, e dois corpos ocupando leitos com equipamentos. 

    A unidade pertence à gestão do município e atua como uma das mais importantes da cidade. 

    “Se um paciente passar mal, ele é levado para a sala vermelha. E, na sala vermelha, se vir a óbito, o que acontece? Ele é preparado e fica por lá. E, depois, se outro paciente passar mal também, ele vai ficar do lado de um corpo”, disse um funcionário, em entrevista ao G1.

    Posto de saúde em reforma 

    No mesmo local, uma placa indica reforma e informa um investimento de R$ 1 milhão do governo federal. O informe afirma que a obra termina em outubro. 

    Pacientes relatam que diversas áreas estão fechadas e que a recepção dos atendimentos está sendo realizada por tendas. Os banheiros disponibilizados são químicos.

    O que diz a prefeitura

    Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que os corpos ficam em local com refrigeração adequada e que os problemas duraram cinco dias. Segundo a pasta, a região sofre de problemas de fornecimento de energia elétrica e que a situação seria reparada nesta quinta (18).

    Cremerj avalia riscos 

    De acordo com o conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) André Luís dos Santos Medeiros, não se tratando de uma morte por doença infectocontagiosa e não havendo fluidos ou secreções do cadáver expostos, o risco para a saúde física é mínimo. 

    Entretanto, caso o cadáver possua fluidos ou secreções expostos, que contenham agentes etiológicos transmissíveis por contato direto, o risco de um eventual contágio existe.

    “Qualquer que seja o caso, ainda que o cadáver esteja devidamente acondicionado dentro de um saco impermeável, a simples presença dele na enfermaria, ao lado dos pacientes e acompanhantes, pode trazer muita angústia para alguém que já está em situação de vulnerabilidade”, afirmou André Luís.

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