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Rodoviários ameaçam processo e 24 linhas podem ser afetadas em Niterói

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|  Foto: Pedro Conforte
As companhias são responsáveis por 24 linhas municipais e intermunicipais, que ligam as zonas Norte e Sul de Niterói; além de conexões entre Niterói, Rio e São Gonçalo. Foto: Arquivo

Rodoviários do grupo de empresas Ingá podem ir à Justiça do Trabalho para assegurar o pagamento de férias em atraso e cestas básicas, que está congelado há, pelo menos, três anos. O caso está sendo mediado pelo Ministério Público do Trabalho e, em um comunicado ao Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), representantes do grupo afirmaram que, diante da crise econômica vivida pelas companhias, há um risco real de que entrem em processo de falência.

Os executivos da Ingá, no mesmo documento, apresentaram aos trabalhadores a proposta de pagamento das férias vencidas em 20 parcelas iguais, a partir de junho do ano que vem. Sobre as cestas básicas, ofereceram R$ 170,00 em dezembro de 2021 e, a partir de 2022, R$ 220,00 em abril, R$ 270,00 em agosto e R$ 300,00 em dezembro, sem o desconto de 20% previsto em Acordo Coletivo.

Em assembleia realizada na sede do Sintronac, no Centro de Niterói, nesta quinta-feira (2/12), os rodoviários apresentaram a contraproposta de pagamento integral do valor da cesta básica da categoria, que é, atualmente, R$ 400,00, com o desconto dos 20%, conforme acordado entre o Sintronac e a entidade patronal, Setrerj, no início de novembro.

Os trabalhadores também decidiram pelo parcelamento em 12 vezes das férias atrasadas, a partir de junho de 2022; o pagamento em dobro das férias não pagas, conforme previsto no artigo 137 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); multa de 50% sobre cada período atrasado; o pagamento de mais uma férias a cada duas atrasadas, também de acordo com a CLT; e, em caso de demissão do empregado, a quitação imediata de todos os débitos existentes na empresa.

Denúncia

A decisão da assembleia será encaminhada pelo Sintronac ao Ministério Público do Trabalho e ao grupo Ingá nesta sexta-feira (3), acrescida de um pedido de esclarecimento sobre uma denúncia de que as empresas não estão recolhendo o FGTS dos trabalhadores e pagando ao INSS apenas a parte dos empregadores, que é de 80% das alíquotas.

“Os trabalhadores, durante a pandemia, tiveram suas jornadas reduzidas, muitos foram demitidos, mas, agora, que as atividades econômicas estão praticamente normalizadas, as empresas têm que honrar seus compromissos com aqueles que mais se sacrificaram, tanto com a causa do equilíbrio financeiro das companhias, quanto com a da sociedade, pois os rodoviários estavam lá sempre que a população mais precisou”, afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

O Ingá é um dos principais grupos de empresas de ônibus de Niterói. Criado em 1957, engloba, hoje, as viações Ingá, Peixoto e Rosana. Juntas, empregam cerca de 480 funcionários, entre rodoviários e pessoal administrativo. As companhias são responsáveis por 24 linhas municipais e intermunicipais, que ligam as zonas Norte e Sul de Niterói; além de conexões entre Niterói, Rio de Janeiro e São Gonçalo.

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