Família se desespera após kombi ser destruída por fogo em SG

A vida de Flávia Costa, de 33 anos, e Isac Lopes, de 36 anos, mudou drasticamente na noite do último sábado (27), quando a Kombi que compraram com tanto sacrifício foi destruída por um incêndio. O incidente, que ocorreu na Estrada Velha de Maricá, no Rio do Ouro, deixou o casal inconsolável.

O veículo, essencial para o transporte de materiais de festas, era a única fonte de sustento da família. Trabalhando há pelo menos nove anos no ramo de eventos, Flávia e Isac dependiam da Kombi para manter as necessidades das duas filhas, uma de apenas 1 ano e outra de 5.

Na manhã desta terça-feira (30), o casal não conseguiu conter as lágrimas ao se deparar com a carcaça da Kombi na Rua Ana Cigana, no Arsenal, onde moram.

“Nós lutamos muito para conseguir essa Kombi, era o nosso meio para levar os materiais para as festas. Estamos fazendo uma Vakinha para conseguir arrecadar pelo menos R$ 25 mil para comprar outro veículo e parte dos materiais”, relatou Flávia, com a voz embargada pela emoção.

Desespero

Na noite do último sábado (27), Flávia e Isac estavam com as filhas no carro, retornando de uma festa em Alphaville, Maricá.

"Passamos no Rio do Ouro para pegar nossas filhas na casa de uma amiga. Quando saímos de lá, no meio do caminho sentimos o cheiro de combustível, eu vi um clarão. Dois homens que estavam na rua gritaram avisando que a Kombi estava pegando fogo. Como o carro tem um cilindro de gás grande, imaginei que iria explodir. Tirei o cinto correndo, peguei as meninas e corri o mais longe possível do veículo. A cena de terror maior foi ver o meu marido procurando o extintor para apagar o fogo", contou Flávia, ainda em choque.

Desesperado, Isac tentou em vão conter as chamas que consumiam a Kombi de 1997. “Minha filha mais velha ficou gritando muito, até hoje ela pergunta se o carro vai pegar fogo. Eu tentei fazer de tudo para apagar o fogo, mas não consegui”, lamentou Isac.

Entregas mantidas

O casal realiza eventos todos os fins de semana e, mesmo após a tragédia, não cancelou os serviços já marcados, contando com o apoio de amigos e familiares.

"No próximo final de semana temos uma festa para entregar. Graças a Deus a rede de apoio está grande, o pessoal que trabalha no ramo está nos ajudando a transportar os materiais. No próprio domingo, após o incêndio, tinha uma festa marcada em Icaraí, meu pai colocou os materiais no carro de passeio dele e nos ajudou a levar”, disse Flávia, grata pelo apoio.

Até o momento, a Vakinha arrecadou pouco mais de R$ 7 mil, sendo R$ 5 mil via PIX e R$ 2,4 mil através da campanha online. Flávia e Isac esperam conseguir o montante necessário para retomar suas atividades e continuar sustentando a família.