Indignados
Não acaba! Fila em sindicato de São Gonçalo tem protesto; vídeo
Uma viatura da Polícia Militar estava no local
Uma nova confusão aconteceu na porta do Sindicato dos Empregados no Comércio de Gêneros Alimentícios (Secgal), no Mutondo, em São Gonçalo, na manhã desta segunda-feira (15). Funcionários de supermercados foram até o local para tentar, mais uma vez, cancelar a taxa cobrada nos contracheques.
De acordo com os funcionários, o prazo teria sido estendido até o domingo (14), mas o local ficou de portas fechadas ao longo do dia. Nesta segunda, cerca de 20 pessoas se uniram e protestaram em frente ao local que, conforme relatos, seguiu trancado.
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Pedaços de blocos e madeiras foram colocados na Rua Dr. Nilo Peçanha, fechando uma parte da via. Uma viatura da Polícia Militar estava no local.
O que diz o sindicato
O Segcal disse que "cumpriu todos requisitos da lei para formalização da Convenção Coletiva de Trabalho, inclusive convocando todos os trabalhadores para participar da assembleia de reajuste salarial. Na assembleia foram tratados diversas demandas: reajuste de salário, benefícios, desconto da contribuição assistencial bem como seu valor e prazo de oposição".
O sindicato argumentou ainda, em nota, que houve divulgação do prazo. "Fizemos a publicação do prazo no jornal, além da divulgação nas lojas e informamos os RH das empresas. Recebemos carta do dia 04 até 14/04. Como o nosso pessoal trabalhou direto esse período, demos a segunda-feira (15) de folga, pois os últimos dias de carta todos trabalharam até as 22h, 23h por conta das filas. Retornaremos nossas atividades normais na terça (16/04)".
Longas filas
O problema vem perdurando desde a última quinta-feira (11), a principal reclamação é que todos foram avisados a curto prazo de que o cancelamento da taxa seria feito somente até domingo, o que culminou em longas filas em frente a sede do sindicato.
"É muita humilhação, largamos os filhos em casa, ficamos debaixo de chuva e ainda teremos que ir trabalhar, cheguei aqui às 4h50. Tem gente que nem tomou café", desabafou a operadora de laticínios Carla Moraes.
O sindicato deu a sua versão para as longas filas. "O motivo das grandes fila é que várias pessoas deixaram para o último dia e, no momento de receber as cartas, temos que conferir todos os dados, pois se tiver dados errados a empresa não aceita a carta, e o empregado fala que a culpa é do sindicato. O episódio de hoje (15) foi de pessoas que não quiseram enfrentar a fila e falaram que iriam entregar quando não tivesse fila".
STF validou contribuição
Em setembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a legalidade da contribuição assistencial para custear o funcionamento de sindicatos.
O caso específico julgado pela Corte trata da possibilidade de cobrança nos casos de trabalhadores não filiados aos sindicatos e de forma obrigatória por meio de acordo e convenção coletiva de trabalho.
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