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    Posto pirata fechado em São Gonçalo: faixas de interdição somem

    Estabelecimento foi flagrado cheio de irregularidades

    Publicado 12/02/2025 às 19:04 | Autor: Sofia Miranda
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    Posto não apresenta mais as faixas de interdição impostas pela  Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor
    Posto não apresenta mais as faixas de interdição impostas pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor |  Foto: Péricles Cutrim

    Menos de 24 depois de ser fechado por irregularidades, como bandeira falsa, venda de gasolina adulterada e "gatos" de água e energia elétrica, o posto de combustíveis pirata localizado no bairro do Colubandê, em São Gonçalo, já está sem as faixas de interdição colocadas pelas autoridades.

    Nesta quarta-feira (12), o ENFOCO esteve no local e constatou atendentes informando aos motoristas que paravam para abastecer que o posto está sem energia elétrica. 

    O posto funcionava com a bandeira da Texaco, mas era tudo falso. A instalação, localizada na Avenida José Mendonça de Campos, foi interditada durante a operação “Anoxia 2”, realizada pela força-tarefa do Governo do Estado, formada pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor, o Procon-RJ, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Polícia Militar.

    Alguns motoristas pararam no local, nesta quarta (12), achando que o posto estava funcionando
    Alguns motoristas pararam no local, nesta quarta (12), achando que o posto estava funcionando |  Foto: Péricles Cutrim

    O posto pirata foi autuado por vender combustível com medição fraudulenta nas bombas e operar sem licenças ambientais e municipais.

    O mecânico Ramon Pereira, de 28 anos, relatou que abasteceu no local recentemente e percebeu algumas irregularidades.

    “No mesmo dia que eu abasteci, eu botei 10 litros e estava R$ 5 e pouco a gasolina. Eu paguei e, depois que cheguei em casa, fiquei sabendo que o pessoal estava enchendo o tanque aqui por R$ 50 reais. Até pensei em voltar, mas deixei para lá. Estava com uma fila enorme de carros”, disse.

    Já outra motorista, que preferiu não se identificar, contou que foi ao posto na terça-feira e foi informada de que não havia combustível.

    “Ontem eu vim aqui e me informaram que não tinha combustível. Aí, por incrível que pareça, meu marido foi fazer uma vistoria ali de GNV, e o atendente falou que eles estavam misturando o combustível com água. Ficamos com medo de estar com o combustível adulterado. Porque, no fim, quem paga a conta é a gente, consumidor”, relatou.

    Motociclista aguardando atendimento no posto interditado
    Motociclista aguardando atendimento no posto interditado |  Foto: Péricles Cutrim

    Além das irregularidades nas bombas e nos serviços de água e energia, o local operava sem autorização do Corpo de Bombeiros e captava água de poço sem licença ambiental Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

    Outros motoristas descobriram somente nesta quarta (12), ao frequentar o local, que o posto funcionava clandestinamente. É o caso do técnico de radiologia Rodrigo Oliveira, de 37 anos. 

    “Quando o outro posto que tinha aqui fechou, a gente imaginou que tinham dado algum vacilo. Aí, quando virou o Texaco, achamos que tinha normalizado.  Eu já abasteci aqui e nunca tive problemas”, afirmou.

    A gerente do local foi levada pelos agentes da PM até a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio. 

    Procurados pelo ENFOCO, o Procon e a Polícia Civil ainda não responderam. A Texaco também foi questionada sobre o caso, mas também não houve resposta até o momento da publicação da reportagem. 

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