Solidariedade
Projeto 'Rede Vida' ajuda pacientes com HIV em São Gonçalo
Iniciativa oferece apoio e conscientização na cidade
O projeto "Rede Vida" tem sido um farol de esperança para aqueles que vivem com HIV/AIDS em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Fundado em 1994 pelo Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), a iniciativa tem como objetivo principal ser uma rede de apoio para os mais de 5 mil pacientes afetados pela doença na cidade.
Inicialmente concebido para destacar a resiliência e a determinação das mulheres em busca de uma vida livre de violência e discriminação, o projeto expandiu suas fronteiras ao longo dos anos, abraçando toda a comunidade, incluindo homens e membros da comunidade LGBTQI+.
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O Rede Vida não só oferece apoio psicossocial e jurídico, mas também promove atividades educacionais, como rodas de conversa, oficinas e lives, com o intuito de disseminar informações precisas sobre prevenção e tratamento. Além disso, também promove a educação em saúde para prevenir o HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Marisa Chaves, gestora do MMSG, destaca a importância do projeto no combate ao preconceito e na defesa dos direitos das pessoas com HIV/Aids.
Acreditamos e defendemos o respeito pela diversidade e trabalhamos incansavelmente para conquistar políticas públicas que promovam a equidade de gênero e combatam o racismo.
O Projeto "Rede Vida" está de portas abertas na sede do MMSG, que fica na Rua Rodrigues da Fonseca, 201, Zé Garoto, São Gonçalo. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (021 2606-5003) ou pelo e-mail [email protected].
Importância da informação
Para Ariana Santos, assistente social e doutoranda em Serviço Social pela Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), a informação desempenha um papel fundamental na prevenção do HIV/Aids.
"É fundamental realizar escolhas de forma autônoma e informada, conhecer os riscos e saber lidar com as consequências. O Rede Vida existe para fornecer acesso à informação sobre prevenção de ISTs, tratamento e direitos humanos", enfatiza.
No entanto, a assistente social ressalta que a humanização no atendimento é essencial para combater o preconceito e a discriminação enfrentados pelos pacientes.
Os pacientes muitas vezes se sentem constrangidos em procurar ajuda devido ao estigma associado à doença. A capacitação dos profissionais de saúde é crucial para reduzir esses preconceitos e mostrar que, apesar dos desafios, a doença tem tratamento eficaz.
Um novo tratamento
Uma notícia promissora surge para os pacientes com HIV em São Gonçalo: a substituição do coquetel de remédios por uma terapia em dose única diária. Essa nova abordagem, composta pelos antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg, promete simplificar o tratamento para mais de 500 pacientes na cidade.
A distribuição desses medicamentos está em andamento nas unidades de saúde que oferecem tratamento para o HIV. Para realizar a mudança de medicação, o paciente precisa atender a alguns critérios: ter 50 anos ou mais; aderir regularmente ao tratamento; ter carga viral menor que 50 cópias no último exame; e ter iniciado a terapia até 30 de novembro de 2023.
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