Problema
Torneiras secas! Moradores ainda sofrem com falta d'água
Em São Gonçalo, problema na bomba deixa casas sem água
Moradores do bairro Maria Paula, em São Gonçalo, reclamam da falta de água na região. Eles dizem que estão há 12 dias sem uma gota de água nas torneiras depois que a bomba da Águas do Rio foi removida pelos funcionários. O problema se intensificou ainda mais após a paralisação do sistema Imunana-Laranjal, na última quarta-feira (3).
“Estamos desde o último dia 28 sem o abastecimento de água, ou seja, antes mesmo da Cedae interromper a captação por conta do tolueno. Nos comunicamos com a Águas do Rio, mas até hoje nada foi resolvido, nenhum caminhão-pipa foi enviado”, disse o morador Eduardo Apolinário, de 40 anos.
Por conta da falta d'água, Eduardo teve que mandar a filha para a casa da avó, ele ainda não sabe quando o problema será resolvido.
“Lá em casa mora eu, minha esposa e nossa filha. Minha filha está na casa da avó até que isso seja resolvido. Estamos vivendo de água mineral. Até para tomar banho é com água mineral”, contou.
Os moradores relataram ainda que desde o dia 28 vem comunicando a Águas do Rio para que o problema seja resolvido, mas até agora só escutaram promessas.
“No domingo passado, houve um vazamento no local onde fica a bomba às margens da RJ-104, eu mandei fotos para a concessionária pelo whatsapp. Teve um hora que houve falta de comunicação da parte da empresa, pois o último diálogo foi por volta das 10h e depois só retornaram na madrugada de segunda. A nossa reserva que era de antes da interrupção da Cedae já acabou. Além de galão de água mineral, estamos vivendo com lenço umedecido”, relatou o morador Vinícios Morais, de 27 anos.
Uma equipe da Águas do Rio está no local onde a bomba está instalada. Segundo os moradores, a informação passada foi que a água iria voltar ainda nesta terça.
Sofrimento
Além de São Gonçalo, outros lugares da Região Metropolitana também ainda estão sofrendo com torneiras secas, após a Cedae interromper a operação no sistema Imunana-Laranjal. Em Itaipuaçu, Maricá, moradores estão tendo que se virar com água de poço.
"Desde quarta-feira passada sem uma gota d’água. Tá desumano! Pegando no poço com balde, e os poços daqui a água é muito suja. E comprando água para beber e fazer comida", disse a supervisora comercial Livia Zahal, de 40 anos.
Alguns moradores do Centro de Niterói também relataram que apenas no sábado (6) tiveram água. Mas a alegria durou pouco, já que o fornecimento voltou a ser interrompido no domingo (7), sem tempo de todos se abastecerem.
"Moro num condomínio na Marquês do Paraná e aqui só caiu água no sábado, durante 4 horas, depois a Águas de Niterói fechou. Estamos desde sexta-feira passada sobrevivendo de abastecimento de caminhão pipa, com preços exorbitantes e muita dificuldade de conseguir", denunciou a arquivista Glauce Farias, de 48 anos.
Segundo a Águas de Niterói, o abastecimento está sendo retomado de forma gradativa. Alguns locais pontuais, principalmente em pontas de rede, ainda podem estar com algum reflexo no abastecimento.
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