Cidades
Secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento toma posse na UFF
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, senador Eduardo Lopes (PRB), foi empossado na manhã desta quarta-feira (16), no Teatro da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Icaraí, Zona Sul de Niterói. A cerimônia contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Em seu primeiro discurso como secretário, Lopes enfatizou a importância de se privilegiar o pequeno produtor e uma das medidas para isso é o Projeto de Lei 8.244/2018, já aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), de autoria do deputado estadual do PRB Carlos Macedo, que obriga a inclusão majoritária de produtos derivados da produção rural do estado nas refeições produzidas pelas instituições públicas estaduais, como escolas, hospitais e presídios.
“Estimamos que essas ações beneficiem mais de dez mil famílias de pequenos produtores, já que a compra inclusive será realizada através das próprias associações e cooperativas dos pequenos produtores, o que gera um crescimento de produção e de venda por parte deles”, explicou.
O senador informou também que um dos objetivos do governo é conseguir atingir com o agronegócio 10% do PIB do estado do Rio de Janeiro, nos próximos quatro anos.
“A ambição do nosso governo é aumentar a produção do agronegócio como um todo, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social. Nosso propósito é que o agronegócio no estado atinja 66 bilhões de reais ao ano”, disse.
Segundo Eduardo, o diferencial de sua gestão é “considerar cada indivíduo como peça elementar e indutora no desenvolvimento sustentável agropecuário, agrícola e pesqueiro do estado”.
Entre as metas da Secretaria, ele citou a estruturação dos cursos de capacitação nos diversos níveis de formação acadêmica; recuperação anual de seis mil quilômetros de estradas vicinais garantindo o escoamento da produção; ampliação dos serviços de assistência técnica e extensão rural aos produtores e pescadores; e garantia da segurança alimentar dos produtos ofertados ao povo do estado pela prestação de serviços de fiscalização, vigilância e inspeção sanitárias.
“O Rio tem a terceira arrecadação bruta e o segundo PIB do Brasil. É um estado forte. Só que na agricultura, na pecuária e pesca, especialmente na agricultura, o Rio importa 70% dos legumes, verduras e frutas consumidos no estado. Temos que reverter essa situação, importar menos, produzir mais e quem sabe até exportar”, vislumbrou.
O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou que a realidade da agricultura do estado não possui nem legado e reafirmou seu compromisso com a pasta.
“Muitos duvidavam do meu compromisso com a agricultura, outros diziam que eu não devia dar prioridade ao que era uma utopia, assim como falaram de forma duvidosa sobre a minha eleição. A esses eu digo: estão errados, eu sou o cara do 1%”, disse se referindo às intenções de voto que tinha no primeiro turno das eleições 2018.
Também estiveram presentes na solenidade o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, os subsecretários da pasta Ramon de Paula Neves e Aguinaldo Balom, além de membros da Alerj, os prefeitos de Itaperuna, Valença, Barra do Piraí e Cambuci e o vice de Trajano de Moraes. Além dos presidentes de empresas ligadas à Secretaria, como Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater-Rio), Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) e Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ).
Terminal Pesqueiro em Niterói
Eduardo Lopes também discorreu sobre as expectativas relacionadas ao município de Niterói. No Barreto, Zona Norte da cidade, existe um terminal pesqueiro, inativo desde a sua inauguração. Segundo o secretário, já existe um ajuste de conduta junto ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Secretaria do Meio Ambiente para fazer a dragagem do canal São Lourenço, que se encontra assoreado. Contudo, segundo ele, a partir do estudo realizado já é possível dizer que o canal pode ser utilizado durante quatro a seis horas na maré cheia.
“Ontem (15) mesmo nós tivemos uma reunião sobre esse terminal público, mas temos que tratar com o governo federal. A intenção é o estado assumir isso. Já estamos tratando desse assunto e estudando a melhor maneira com isso será feito”, informou.
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