Cidades
Sem missas e feijoada, maricaenses homenageiam São Jorge
A comemoração do Dia de São Jorge este ano está sendo diferente também em Maricá. A capela localizada no Espraiado amanheceu com as portas fechadas, sem missas e sem a tradicional feijoada. Esse é o segundo ano consecutivo que, por conta da pandemia da Covid-19, a festa é alterada.
Moradora de Ponta Negra, a aposentada Ismênia Rosa, de 86 anos, contou que mesmo sem a missa e tendo costume de ir à capela com frequência, nesta sexta-feira (23) não poderia ser diferente.
"Vir aqui para mim hoje [23] é uma sensação de dever cumprido. Vim pedir para o santo dias melhores. No mais eu tinha que dar o café da manhã e frutas como faço todos os anos, infelizmente, por conta dessa situação que estamos vivendo, não podemos arriscar".
Ismênia Rosa, de 86 anos
Aos poucos alguns devotos foram chegando no local para acender velas e deixar rosas em uma cruz implantada ao lado da capela. Às 9h30, uma pequena cavalaria marcou presença no local, mas ficou por poucos minutos.
Segundo João Mattos, de 33 anos, que mora na região, as celebrações costumavam reunir milhares de devotos do santo guerreiro, como é conhecido.
"Era para mais de de mil pessoas! Isso aqui ficava sem espaço para passar, o terreno que fica na frente da capela ficava pequeno para tantos cavalos, sem contar nos carros que ficavam no campo".
João Mattos, de 33 anos
Pela segunda vez, a rotina religiosa da farmacêutica Cláudia Aguiar, de 53 anos, e de toda sua familia foi alterada.
"Meus familiares que moram em São João de Meriti sempre estavam aqui celebrando comigo na capela. Eles preferem vir pra cá porque nós nascemos aqui, mas ainda não podemos nos reunir como antigamente", contou a moradora de Jaconé.
Agentes da Guarda Civil Municipal e policiais militares do Programa de Integração na Segurança (PROEIS) atuaram no local para não haver aglomeração.
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