Crise

Serviço de limpeza pode ser paralisado em Niterói; entenda

Funcionários cobram solução para 150 trabalhadores demitidos

Funcionários fizeram mais um protesto na porta da empresa na manhã desta quarta-feira (24).
Funcionários fizeram mais um protesto na porta da empresa na manhã desta quarta-feira (24). |  Foto: Marcelo Tavares
 

Funcionários da empresa Econit, que realiza serviço de limpeza urbana em Niterói, fizeram mais um protesto em frente à sede da instituição, no bairro do Sapê, durante a manhã desta quinta-feira (24). Os trabalhadores ameaçam uma paralisação total dos serviços, caso os cargos de cerca de 150 ex-funcionários, que estão de aviso prévio, não sejam devolvidos. 

Segundo eles, a batalha já se estende por um longo tempo. Na última quinta-feira (17), houve reivindicação em frente à prefeitura cobrando respostas. 

Tiago Pereira, um dos funcionários que está cumprindo o aviso prévio, informou que precisa do trabalho pra sustentar a família. 

“Eu era feliz com o salário, não era muito, mas conseguia sustentar minha família. Não é justo deixar 150 famílias desempregadas. A gente limpa as ruas da cidade para as outras famílias andarem em um ambiente limpo. Eu não quero ficar desempregado, mas se for pra mandar a gente embora, que nos pague certinho”, disse. 

Outros funcionários recordam o tempo de pandemia da Covid-19. “Trabalhos na chuva, no meio de tiroteio, durante toda pandemia, pegamos Covid-19. Estamos reivindicando pelo nosso direito”. 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Asseio e Conservação (Sintacluns), Romério Duarte, informou que uma assembleia, marcada para a próxima quinta-feira (3), vai discutir o problema e os trabalhos podem ser interrompidos antes do previsto, caso não haja um acordo. 

“Hoje a cidade precisa de no mínimo 500 pessoas pra trabalhar, porque só a Clin não é suficiente”, informou. 

A Econit credita o fim do acordo com a prefeitura à questões orçamentárias, forçando uma redução no quadro, para ainda possibilitar a viabilidade financeira do contrato. No entanto, ainda de acordo com a Econit, não há recursos imediatos para suportar os custos das verbas rescisórias dos trabalhadores desligados.

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