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    Setores da UFF confirmam paralisação

    Publicado 26/09/2019 às 19:50 | Autor: Matheus Merlim
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    Decisão foi confirmada em plenária na noite desta quinta. Foto: Matheus Merlim
    Decisão foi confirmada em plenária na noite desta quinta. Foto: Matheus Merlim

    Três setores da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói,confirmaram adesão a paralisação nacional da Educação, prevista para os próximos dias 2 e 3 de outubro.

    A decisão foi confirmada por membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Associação dos Docentes (Aduff) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintuff) durante uma plenária, na noite desta quinta-feira (26), no Bloco A, do Campus Gragoatá, em Niterói.

    De acordo com o cronograma das frentes sindicais, o dia 2 será dedicado a atividades internas na Universidade, iniciando com um ato no Conselho Universitário, na Praia Vermelha. As ações continuarão ao longo do dia, no Centro da cidade, com o programa UFF nas Praças, que tem por objetivo dialogar com a sociedade sobre as pesquisas e inovações produzidas pela faculdade.

    "A paralisação e os atos são fundamentais para mostrar ao Governo que a gente não vai deixar a universidade acabar. Vamos para a rua para defender a universidade e lutar contra os cortes orçamentários. Nosso objetivo é mostrar para a população que grande parte dos serviços que eles usam, são de iniciativa da universidade", explicou a presidente atual do Aduff, a professora do curso de Cinema, Nina Tedesco.

    O dia 3 será o dia da manifestação geral, marcada para acontecer na Candelária, no Centro do Rio. Para o coordenador do Sintuff, Raonir Lucena, de 31 anos, a universidade está "sufocada" no que tange orçamento, com sucessivos cortes. Representando os técnicos-administrativos estatutários, o sindicato aderiu à greve, em assembleia interna nesta quarta-feira (25).

    "O Governo Federal faz sucessivos cortes e ainda tenta implantar o Future-se, que nada mais é uma forma de colocar a pesquisa universitária à mercê do capital privado. A paralisação é um espaço de mostrar nossa indignação", declarou.

    O coordenador-geral do DCE, o estudante Marcos Teixeira, de 21 anos, também acredita que é por meio do diálogo com a classe estudantil e a sociedade que a UFF conseguirá se fortalecer neste cenário.

    "Vamos fazer uma aula pública no dia 3, antes da manifestação, para alertar os estudantes da importância da autonomia da Universidade para a pesquisa deles", disse.

    A plenária contou a presença de estudantes, membros de outros sindicatos, frentes partidárias e representantes de parlamentares.

    MEC

    Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que os recursos orçamentários são enviados às reitorias das universidades e dos institutos federais de educação superior. De acordo com a pasta, após efetuar liberação orçamentária, o órgão não possui ingerência sobre os processos de pagamentos que estejam a cargo de suas unidades vinculadas.

    O MEC ressaltou ainda que aguarda a publicação, no Diário Oficial da União, do ato normativo que descontingencia o orçamento da Pasta.

    "O ministério esclarece ainda que uma das maneiras de reduzir os gastos é com a adesão das universidades e dos institutos federais ao Future-se. Na proposta em construção do programa, o conselho superior das instituições tem prerrogativa para escolher os serviços a serem prestados pelas organizações sociais e fundações de apoio", informou em nota.

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