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Sindicância é aberta para investigar negligência em hospital de Maricá

Publicada às 12h17. Atualizada às 14h30.

Imagem ilustrativa da imagem Sindicância é aberta para investigar negligência em hospital de Maricá
|  Foto: Foto: Karina Cruz
De acordo ainda com o casal, até esta terça-feira (6) o joelho de Raphael está aberto e o pulso deslocado. Foto: Arquivo/Karina Cruz

Após um acidente de moto no distrito de Inoã, em Maricá, na última sexta-feira (2), um casal denuncia falta de atendimento e descaso no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro da cidade. A prefeitura informou, nesta terça-feira (6), que instituiu um processo de sindicância para apurar as informações apontadas pelo paciente.

De acordo com o motociclista Raphael Louzada Ferreira, de 29 anos, ele chegou ao hospital com sangramento na boca e joelho, além de pulso deslocado, enquanto a esposa, Priscila Gonzaga de Mendonça, de 32 anos, estava com escoriações leves nas mãos que resultavam em inchaço. Ele alega que saiu do hospital sangrando e com o pulso deslocado assim como chegou.

"Tomei apenas três pontos na boca, sendo um solto, e sai com o joelho rasgado precisando de sutura, dor no corpo inteiro e não me deram sequer um analgésico", contou.

Raphael e Priscila relataram que foram atingidos por um carro, na RJ-106, na altura de Inoã, por volta de 19h, e socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Eles foram encaminhados para o hospital central da cidade, onde não receberam atendimento adequado.

"Quando eu cheguei, me encaminharam para a sala de sutura, mas só mexeram na minha boca, não suturaram meu joelho, pois o médico alegou que era buco. Por falta de atendimento fui procurar minha esposa. Eu a achei na sala de trauma amarrada em uma maca, onde haviam pessoas intubadas, mas ela não tinha sido nem medicada, não deram nem água para gente! Não queriam deixar ela ir ao banheiro, queriam colocar fralda na minha esposa. É muita desorganização e falta de competência para um município com uma rotatória de recursos que são nossos, dos maricaenses".

Raphael Louzada Ferreira denunciante

Ainda segundo Raphael, eles chegaram a fazer exames que não foram entregues até meia-noite — horário em que decidiram chamar um carro de aplicativo para ir para casa. O acidente ocorreu enquanto o casal estava indo fazer o reabastecimento do restaurante que administra. Devido a essa situação, eles alegam que estão tendo que manter o estabelecimento fechado até que se recuperem.

De acordo ainda com o casal, até esta terça-feira (6), o joelho de Raphael está aberto e o pulso deslocado. "Estou usando uma tala comprada por mim na farmácia. Estou esperando só a dor melhorar pra ir na UPA de Inoã fazer os exames novamente, porque naquele hospital eu não piso nem morrendo", finalizou Raphael.

Resposta

Procurada, a prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Saúde, junto a direção do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, instituiu um processo de sindicância para apurar as informações apontadas pelo paciente. O quadro de profissionais estava completo na unidade.

"O paciente Raphael Louzada Nogueira Vieira Ferreira, vítima de colisão de moto com automóvel, com dor no punho e joelho e escoriações na face, deu entrada às 19h01 no Hospital Municipal Conde Modesto Leal. A paciente Priscila Gonzaga de Mendonça, foi vítima de acidente de moto com automóvel, estava na garupa da moto. Paciente chegou bem clinicamente, orientada, com escoriações na mão direita.

Os pacientes foram atendidos pela equipe de cirurgia geral da unidade e pela bucomaxilo. A cirurgia geral constatou que não havia a necessidade de dar ponto no ferimento, porque havia uma perda de substância no joelho e indicou a realização do curativo. O paciente se levantou e não deixou fazer o curativo e ficou andando pelo hospital. Foram solicitados os exames, Raios X, tomografia e foi pedido que ele aguardasse que seria até liberado o laudo da tomografia, porém o paciente saiu à revelia. Em relação ao punho, ele seria avaliado pela ortopedia, mas os dois ortopedistas de plantão estavam realizando uma cirurgia no momento do atendimento e o paciente não quis aguardar.

Os resultados dos exames são passados pelos médicos assistentes no momento do atendimento e são liberados para a posse dos pacientes após alguns dias. Após a conclusão do processo de sindicância, verificando que houve negligência ou erro médico, os profissionais serão penalizados", dizia a nota oficial do Executivo.

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