Cidades

Susto ao abrir caixa de suco comprada em supermercado de SG

Felipe registrou a abertura da caixa em vídeo. Exclusivo/Plantão Enfoco

Um consumidor de Niterói teve uma surpresa para lá de desagradável, após abrir uma caixa de suco de soja Ades, de sabor uva, nesta terça-feira (30). Além do cheiro ruim e da textura diferente, o morador do Barreto encontrou um material estranho e viscoso dentro da embalagem.

O caso aconteceu com o bancário Felipe Rodrigues, de 33 anos. Ele comprou o suco, no último sábado (26) na unidade do Carrefour, em Neves, São Gonçalo. Segundo o consumidor, ele não percebeu nada estranho até precisar abrir a caixa para o lanche da escola do filho, de apenas 5 anos.

"Compro sempre o mesmo suco para o meu filho levar para a escola. Eu separo em garrafinhas para ele tomar no lanche. Quando eu abri a caixa para completar a última embalagem, senti um cheiro forte. Joguei o suco na pia e percebi que tinha alguma coisa dentro. Foi quando comecei a gravar e abri a caixa", contou.

Felipe registrou o momento em que abriu a embalagem com uma tesoura. Primeiro, o bancário mostrou o prazo de validade, que consta como 27 de janeiro do ano que vem. Em seguida, ele retirou um material de dentro da caixa, que apresentava aspecto esponjoso e viscoso.

"A gente fica sem saber o que é. Imagina se meu filho tivesse bebido? Podia ter acontecido alguma coisa grave, é uma criança pequena", disse.

Em nota, a Coca-Cola Brasil - responsável pela marca - afirmou que segue rigorosas recomendações no processo de fabricação e rígido controle de qualidade. De acordo com a marca, o material encontrado pelo consumidor é em geral relacionado ao desenvolvimento de bolor em momento posterior à produção e distribuição.

Segundo a empresa, o bolor pode se desenvolver quando ocorre alguma falha no manuseio, transporte ou armazenamento da embalagem (que é asséptica – o que significa ser isenta de qualquer tipo de contaminação).

Segundo a empresa, o impacto pode causar danos à embalagem, permitindo a entrada de oxigênio e de microrganismos como os bolores, ou seja, atribuiu a responsabilidade do ocorrido ao supermercado.

Já o Carrefour informou que o armazenamento do produto em questão obedece o padrão de qualidade exigido, em estoque seco e transportado em caminhão e temperatura ambiente.

'Prezando pela oferta dos melhores produtos aos clientes, a companhia realiza a troca de itens com problemas diretamente com o consumidor e, imediatamente, notifica o fornecedor para que ocorrências não se repitam', comunicou em nota.

Recomendação

De acordo com a nutricionista Larissa Fonseca, da Universidade Federal Fluminense (UFF), o material encontrado indica uma proliferação de algum microorganismo ou uma reação entre substâncias presentes na caixa com o suco.

Segundo a especialista, a ingestão de algum produto com essas características pode culminar em um quadro clínico de intoxicação.

"Dependendo da bactéria ou parasita encontrado no material, em caso de consumo, pode ser que leve a pessoa a um quadro de intoxicação, por exemplo, com sintomas de náuseas, vômitos e diarreia", explicou.

Para casos como o de Felipe, o Procon alerta que o consumidor pode procurar tanto o comerciante quanto o fabricante do produto para requerer a restituição do valor pago. Se o cliente considerar que tenha sofrido danos morais pela ingestão do produto supostamente impróprio, ele pode acionar judicialmente por uma perícia técnica.

De acordo com a autarquia, quando o consumidor procura o Procon com esse tipo de reclamação, munido de produto impróprio ao consumo, é orientado que faça o registro de ocorrência na Delegacia do Consumidor (DECON), onde entrega o produto, que é encaminhado ao Instituto Criminalista Carlos Èboli e é realizada a perícia, dando continuidade ao procedimento legal", detalhou.

< Fumaça encobre bairros de São Gonçalo STJ nega liberdade aos ex-governadores Rosinha e Garotinho <