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    Tristeza para familiares com parentes em cemitério de Niterói

    Publicado 04/11/2019 às 19:50 | Autor: Matheus Merlim
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    Muitos nichos estavam sem tampa no Cemitério São Francisco Xavier. Foto: Wallace Rosa

    Nichos abertos e ossos à mostra. Foi esse o cenário que a funcionária pública Gisele Giglio, de 44 anos, encontrou quando foi visitar o túmulo da avó, no último sábado (2), durante o Dia de Finados, no Cemitério São Francisco Xavier, em Charitas, na Zona Sul de Niterói.

    De acordo com Gisele, que é moradora de Santa Rosa, o nicho é permanente da família desde 2008. Segundo a funcionária pública, a mãe dela adquiriu o espaço para transferir os restos mortais da avó, Agripina dos Santos, falecida em 2005, e enterrada na época no Cemitério do Maruí, no Barreto.

    "Minha mãe faleceu em janeiro deste ano. O desejo dela era que os restos mortais da família ficassem todos juntos. Então, eu fui ver como estava o nicho da minha avó e fazer uma homenagem. Quando eu cheguei lá, eu vi esse quadro chocante", disse.

    Após questionar a administração sobre as condições do nicho, Gisele decidiu registrar ocorrência na Delegacia de Jurujuba (79ªDP). Isso porque de acordo com ela, do que jeito que estava não é possível nem saber se os restos mortais são mesmo da avó dela.

    "Eu me senti muito mal com tudo o que eu vi, porque é como se eu não tivesse mais memória da minha família. O que está lá dentro pode nem ser mais da minha avó. É vergonhoso", completou.

    A administração do cemitério informou que a responsabilidade de cuidados com os nichos são dos proprietários. Ainda segundo funcionários, as tampas dos nichos caem e quebram por diferentes motivos, como chuvas e deterioração.

    Questionada sobre a responsabilidade de notificar as famílias em caso de violação ou exposição dos nichos, a Prefeitura de Niterói informou que está realizando uma vistoria no local para as devidas providências.

    De acordo com o município, o cemitério passará por obras de reforma. A previsão é de que a licitação ocorra este mês e que as intervenções sejam iniciadas em dezembro.

    A administração municipal, no entanto, não esclareceu se nichos são catalogados para informar a famílias em casos de deterioração ou depredação.

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