A Universidade Federal Fluminense (UFF) alegou que perdeu cerca de R$ 7 milhões do orçamento – valor que era direcionado à assistência estudantil – desde o bloqueio orçamentário equivalente a 7,2% determinado pelo Ministério da Educação (MEC).
Em maio deste ano, a pasta anunciou restrição para as universidades federais brasileiras na ordem de 14,5%, o que representava R$ 27 milhões no orçamento da UFF. Mas cerca de metade do montante foi liberada em 3 de junho.
"O Governo Federal, entretanto, comunicou que a metade deste valor ainda bloqueado será cancelada, ou seja, será cortado definitivamente do orçamento das universidades", diz a UFF.
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Segundo a UFF, as restrições orçamentárias impõem dificuldades à universidade e impactam todas as suas áreas, como ensino, pesquisa, extensão, assistência estudantil e desenvolvimento institucional.
"Reconhecendo a importância de auxílios e mecanismos de permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, a UFF seguirá buscando soluções para garantir a qualidade na formação intelectual e profissional dos ingressantes ao ensino superior e para manter as políticas de assistência estudantil, mesmo diante do cancelamento do orçamento da universidade", pontua.
Por meio de nota, a Universidade Federal Fluminense afirma que seguirá atuante na articulação junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e a parlamentares da bancada federal, na busca por recomposição de recursos e manutenção de programas e atividades.
"E reitera o seu compromisso na luta pela autonomia universitária e por condições orçamentárias adequadas, indispensáveis para uma educação pública, gratuita e de excelente qualidade. Ciente da sua responsabilidade para o desenvolvimento do País, seguirá firme em defesa da ciência, do ensino público e gratuito e em favor da sociedade", finaliza.
portas fechadas
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou na quarta-feira (15) que pode fechar as portas em outubro deste ano devido ao corte de verbas realizado pelo Governo Federal.
Segundo a reitora da instituição, Denise Pires de Carvalho, a universidade não terá dinheiro para pagar as contas de luz e de água nos próximos meses. Serviços como limpeza e segurança também podem ser interrompidos.
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