Mistério

Usuários das barcas temem fim do serviço em ato na Zona Sul

Contrato de concessão se encerra em 11 de fevereiro, segundo CCR

Manifestantes em ato em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, pedem transparência do acordo entre governo e concessionária
Manifestantes em ato em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, pedem transparência do acordo entre governo e concessionária |  Foto: Divulgação/Isabela Oliveira
 

Trâmites envolvendo a operação emergencial da CCR Barcas, com o fim do contrato de concessão — no próximo dia 11 de fevereiro —, ainda representam um mistério para os usuários, que temem a paralisação do serviço. A concessionária opera 6 linhas no estado.

Um ato acontece na manhã desta terça-feira (24), em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, chamando atenção sobre o impacto que isso pode causar. Manifestantes pedem transparência no acordo entre a concessionária e o Governo do Estado.

Entre os protestantes, moradores da Ilha de Paquetá, que dependem exclusivamente do modal para se locomover até o Centro do Rio.

O acordo informal que estendeu, até 2024, o contrato entre a CCR Barcas e o Governo do Estado, garantindo o pleno funcionamento do sistema aquaviário, ainda aguarda homologação na Justiça. Por enquanto, a minuta segue nas mãos do Ministério Público do Rio.

A Coordenadoria de mediação, métodos autocompositivos e sistema restaurativo (Cemear/MPRJ) diz que tem atuado em auxílio às promotorias de justiça com atribuição para o caso.

Em diálogo com representantes da Procuradoria Geral do Estado, o MP marcou uma nova reunião para a próxima segunda-feira (30) que deve tratar mais uma vez sobre o tema, ainda sem resolução.

No último dia 11, representantes do MP sinalizaram acerca da necessidade de análise dos cálculos que norteiam os valores previstos nas cláusulas de natureza econômico-financeira da minuta de acordo, além de um prazo razoável para a verificação das cláusulas técnicas. 

A CCR Barcas reforça que o contrato original de concessão se encerra no mês que vem. "A concessionária aguarda uma posição das autoridades, uma vez que o acordo necessita de homologação na Justiça", informou em nota.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aquaviário, o deputado Flávio Serafini (Psol) cita "falta de planejamento e incompetência" por parte do governo estadual.

"A barca está correndo risco de parar. O término de contrato entre a CCR e o governo se dá daqui a menos de 20 dias. Era uma oportunidade do governo ter organizado uma melhoria no serviço. E o que a gente tem assistido é que a falta de planejamento e a incompetência fizeram com que a 20 dias do contrato a gente sequer saiba como vai se dar a continuidade do serviço a partir desta data". 

A favor dos usuários, o parlamentar cobra uma ação imediata para garantir a continuidade do serviço, além de melhorias, especialmente no que diz respeito aos horários das viagens de Paquetá x Centro do Rio.

"Os horários de Paquetá foram reduzidos na pandemia e não foram retomados. Então, a população está sofrendo muito. E também o cumprimento da legislação em vigor que prevê a linha social entre Charitas x Praça XV. O que a gente quer é que o governo do Estado cumpra o seu papel e não deixe os usuários das barcas sem alternativas de transportes, especialmente os que moram na Ilha de Paquetá e não têm alternativas", ressalta.

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