Cidades
Vídeo flagra momento da queda de praticante de voo livre em Niterói
Um aluno praticante de voo livre, de 48 anos, ficou ferido após cair de parapente em Charitas, na Zona Sul de Niterói, depois de saltar do Parque da Cidade.
O acidente ocorreu no final da manhã desta quinta-feira (18) e, segundo profissionais do setor, pode ter sido provocado pelo chamado vento sudoeste, isto é, um fenômeno que intensifica o vento em determinado trecho.
A vítima, com identidade preservada, precisou ser encaminhada para o hospital, pelo Corpo de Bombeiros.
O socorro foi feito ao Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, e o estado de saúde é considerado estável, segundo a unidade.
Conforme o Quartel de Charitas, a queda ocorreu na Rua Clotilde Maria Linhares, altura do número 55, pouco antes das 11h. Um vídeo com o flagrante do acidente viralizou nas redes sociais.
Voo livre
A prática em asa delta ou paragliders (parapente) é considerada uma modalidade de esporte radical e de alto risco, praticado em todo o mundo e fortemente dependente das condições meteorológicas e geográficas locais.
Para o diretor técnico do Parapente Niterói Clube (PNC), Francisco Feitosa, de 51 anos, conhecido como Ceará, o instrutor precisa fazer uma leitura adequada da meteorologia, o que segundo ele, não ocorreu.
"Toda vez que vai voar tem que fazer uma leitura de meteorologia para chegar na ponta e voar. E quando tem previsão sudoeste, é um risco muito grande. Os instrutores sabem. E se eles colocam o aluno para voar, com esta previsão, está sabendo que está colocando aquela pessoa em risco. O instrutor deveria saber que não poderia ter lançado o aluno. Era pra ele ter colocado em outra hora ou mudar o dia"
O aluno que sofreu a queda faz parte do COVL - Clube Oceânico de Voo Livre.
Procurado, o COVL informou que 'se fosse mais experiente poderia sair dessa situação e ter pousado em São Francisco. Mas ele queria em Charitas e o vento era mais forte'.
Habilitação
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) não emite ou exige habilitação para a prática de esportes radicais, mas recomenda que qualquer interessado em praticar voo livre se habilite por meio de associações aerodesportivas reconhecidas pela comunidade praticante.
A obtenção de habilitação nos moldes previstos por essas associações e o constante aprendizado, proporcionado por essas entidades a seus associados tendem a reduzir as chances de acidente.
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