Alerta

Visitantes acham carrapatos no Parque Estadual da Serra da Tiririca

Animais podem transmitir doenças como a febre maculosa

O caso já foi relatado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que informou que está a par da situação
O caso já foi relatado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que informou que está a par da situação |  Foto: Divulgação/Cássio Garcez/Ecoando
 

A presença de larvas de carrapatos, conhecidas como micuins, foi notada por integrantes do grupo de turismo e caminhadas Ecoando, em visita ao Morro das Andorinhas, no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), em Niterói, no último dia 8, feriado de Corpus Christi. Animais que se alimentam de sangue, os carrapatos podem transmitir doenças, como a febre maculosa e a babesiose.

O caso já foi relatado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que informou que está a par da situação. Segundo o Instituto não há informações suficientes para quantificar os riscos em relação à febre maculosa, conforme noticiou o jornal "O Globo", neste domingo (25).

Leia +:  Febre maculosa: Rio confirma duas mortes pela doença

Leia +: Febre maculosa: os pais devem mudar programação das férias?

"A equipe do Parque Estadual da Serra da Tiririca realiza regularmente atividades e mutirões de restauração florestal e retira capim colonião do morro das andorinhas como forma direta e indireta de controle dessas espécies", pontua a nota do Inea.

Ainda na reportagem, Cassio Garcez, coordenador do grupo de caminhadas Ecoando e integrante do Conselho Consultivo do Peset, falou sobre a importância de informar o caso aos gestores do Parque.

"Achei importante avisar aos gestores do parque porque ignoramos a espécie de carrapato e os hospedeiros, que podem ou não ser as capivaras. Eu nunca tinha visto carrapatos na Casa da Pedra. É necessário orientar para que tal problema não se estenda a outras trilhas e atrativos", argumentou Cassio informando ainda que localizou os carrapatos entre a trilha da cumeeira do Morro das Andorinhas e a Casa da Pedra.

O Inea informou ao jornal que "a presença de capivaras no entorno do sistema lagunar Itaipu-Piratininga é natural e indica um ambiente saudável para a reprodução desses animais".

O Instituto acrescentou, ainda, que "o monitoramento de fauna do parque não identificou aumento expressivo da população de capivaras, portanto não se pode dizer que haja desequilíbrio ecológico. Além disso, ainda não há informações suficientes para quantificar os riscos em relação à febre maculosa".

Os especialistas do Inea acrescentam que as capivaras são atraídas por áreas com capim-colonião, especialmente em ambientes que sofreram degradação por incêndios florestais no passado e que foram ocupados por essa espécie exótica e invasora.

O Inea reitera que o Peset tem empenhado esforços para restaurar áreas e remover o capim-colonião, o que reduziria a presença de capivaras em espaços onde elas, usualmente, não estariam.

Ao fazer trilhas, recomenda-se que os visitantes façam o uso de calçados fechados e roupas longas, além de repelentes potentes.

< Anitta e Netflix do Brasil trocam farpas em rede social; entenda Anitta e Netflix do Brasil trocam farpas em rede social; entenda <