Familiares e amigos do João Pedro Mattos, de 14 anos, morto durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, realizaram um ato silencioso em frente ao Fórum do Colubandê nesta quarta-feira (16), horas antes do início da segunda audiência de instrução do caso.
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Com cartazes, parentes se reuniram em frente ao local onde, em breve, poderá sair o que a mãe do rapaz, Rafaela Coutinho Matos, vem clamando desde a morte do filho, em maio de 2020: justiça.
"Que a justiça seja feita! Hoje não é a última audiência, mas nós sabemos que a verdade é uma só. Hoje vão ser ouvidos os policiais da Polícia Federal e nós esperamos que a verdade seja notória", disse.
Segundo os familiares, João Pedro brincava na casa dos tios, quando policiais invadiram o local atirando. Ele foi atingido por um disparo de fuzil e chegou a ser socorrido por um helicóptero, mas não resistiu.
Pelo menos 9 testemunhas de acusação e 26 de defesa devem ser ouvidas nesta quarta. Na primeira audiência, que aconteceu em setembro, sete testemunhas de acusação foram ouvidas, dentre elas o pai do jovem, Neilton da Costa Pinto.
"O coração de um pai que há dois anos e alguns meses tem lutado diariamente por justiça. Não é fácil um pai e uma mãe passar esse momento que estou passando, como tem outros pais, famílias, que passam pela mesma situação. Só queremos justiça, que ela venha a ser feita e a verdade a se cumprir", afirmou Neilton.
Três policiais civis lotados na Coordenadoria de Recursos especiais são réus no processo e estão respondendo em liberdade.
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