O julgamento de Flordelis e mais quatro membros da família entra no quinto dia nesta sexta (11) e, durante a sessão, a acusação alegou tratamento diferenciado para a ex-deputada nas audiências que vão decidir seu futuro.
"Os réus estão conversando com a plateia, em especial, a Flordelis com o seu namorado, que estrategicamente senta atrás do monitor de televisão onde está sendo gravado o julgamento e fica se comunicando com a Flordelis. Eu vejo muito Flordelis olhando para trás, tentando comover os jurados com esse choro dela que não caí nenhuma lágrima, como foi ontem [quinta]", disse Angelo Máximo, que defende o pastor Anderson do Carmo.
Ainda segundo ele, todos os réus no processo chegam em um furgão da Polícia Penal, mas a ex-parlamentar é levada em uma picape.
"As outras rés estão sendo transportadas para o fórum em carro de transporte de presos, menos a Flordelis. Ela chega sempre em uma Picape. Eu queria saber da Secretaria de Administração Penitenciária, o porquê do privilégio pra Flordelis", argumentou.
Nesta sexta-feira (11), dez testemunhas de defesa haviam sido chamadas, mas três delas foram dispensadas. O primeiro a falar foi o psicólogo Sidney Filho, especialista em violência doméstica.
"Não há nenhum tipo de comunicação, mas óbvio, são seres humanos, estão aqui sendo julgados, eles estão há dois anos presos sem se ver, sem se falar, sem conseguir ver seus próprios familiares. Eles não tem como se comportar como um robô, como pessoas que não têm nenhum sentimento, isso é um absurdo", disse o advogado Rodrigo Faucz, que defende Flordelis.
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