Investigação

Acusados da morte de advogado em Niterói são presos em operação

Outros dois homens já haviam sido presos anteriormente

Os presos foram levados para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI)
Os presos foram levados para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) |  Foto: Lucas Alvarenga

Três homens foram presos na operação 'As de Ouros II', feita por agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) nesta manhã de quinta-feira (27). A operação busca cumprir seis mandados de prisão e 13 de busca e apreensão. Um dos alvos é Bernardo Bello, considerado um dos chefes do jogo do bicho no Rio.  Foram apreendidos, até o momento, fuzis, eletrônicos, dinheiro e roupas. Belo segue foragido. 

Os presos são: o agente penitenciário Wallace Pereira Mendes, que esteve no planejamento do crime; Alan Diego, um ex-sócio de Marcelo e apontado como braço financeiro da organização criminosa chefiada por Bello; e Marcelo Magalhães, que é sócio de uma empresa do setor alimentício.

Os presos são considerados envolvidos no planejamento da morte do advogado Carlos Daniel Dias André, morto em maio de 2022, no bairro do Cafubá, na região Oceânica de Niterói. Ele foi morto por dois homens em uma moto, sendo eles Isaquiel Geovanio Fraga e Rodrigo Coutinho Palome da Silva, que foram presos em 2022. Os acusados vigiavam a vítima dias antes do assassinato. 

A operação é uma continuidade da 'Às de Ouros I', que, cerca de um mês após a morte de Carlos Daniel, identificou e prendeu Isaquiel e Rodrigo. 

Bernardo e seu braço financeiro Allan determinaram o assassinato da vítima que, ao tentar mediar conflito envolvendo uma empresa do ramo alimentício ligada ao grupo criminoso, acabou por desagradar seus líderes. Os outros denunciados contribuíram para o planejamento do crime e montagem da logística de monitoramento da vítima, que garantiu o êxito da ação.

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá, Olaria, Penha, Piedade e Quintino Bocaiúva.

  • Foram apreendidos eletrônicos e armas
    Foram apreendidos eletrônicos e armas
  • Os presos foram levados para DHNSG
    Os presos foram levados para DHNSG
  • Os presos foram levados para DHNSG
    Os presos foram levados para DHNSG
  • Foram apreendidos eletrônicos e armas
    Foram apreendidos eletrônicos e armas
 

O caso 

O ex-policial civil Carlos Daniel Dias André, 40 anos, foi morto a tiros no dia 31 de maio de 2022, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ele estava em um Toyota modelo Hilux, na Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kalle, no bairro Cafubá, na Região Oceânica da cidade. O filho estava no banco do carona e não sofreu ferimentos. 

O advogado Carlos Daniel Dias André, foi morto ao lado do filho
O advogado Carlos Daniel Dias André, foi morto ao lado do filho |  Foto: Reprodução

Testemunhas relataram à polícia que dois homens em uma motocicleta se aproximaram do veículo pelo lado do carona e efetuaram os disparos, um deles atingiu a cabeça de Carlos Daniel, que morreu ainda no local. Em seguida, a dupla fugiu.

O carro do ex-policial acabou atingindo um veículo que trafegava pela via e ficou com a traseira danificada. Um poste também foi atingido, o equipamento foi destruído. O filho  da vítima estava no veículo e saiu ileso.

Cápsulas foram recolhidas de dentro do carro, que foi removido após perícia técnica.

Carlos Daniel foi expulso da Polícia Civil em 2011 ao transportar criminosos que fugiam da Rocinha. Ele ficou preso por seis anos, onde estudou e se formou em direito.

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