Um adolescente de 14 anos precisou levar dez pontos na orelha e fraturou o nervo do ouvido após ser agredido com uma cadeira durante uma briga no Colégio Estadual Manoel de Abreu, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, nesta terça-feira (16).
A mãe do aluno, que preferiu não se identificar, conta que a escola não prestou nenhum socorro e que demorou cerca de 1h para acioná-la ao local. Ainda segundo a denúncia, não havia nenhum adulto na hora em que o incidente aconteceu. A vítima foi levada pela própria família para ser socorrida no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca.
O aluno, que é do 8º ano, foi até a sala de um amigo do 9º ano, quando o agressor pegou o seu boné e não quis devolver.
"Tiraram o boné da cabeça dele e ficaram jogando um pro outro. Quando ele agarrou o boné dele, que estava com esse menino que o agrediu, o menino virou pra ele, disse 'tira a mão de mim', foi quando ele empurrou ele e deu com o pé no peito do meu filho. Mesmo com meu filho caído no chão, ele pegou a cadeira e jogou em cima dele", conta a mãe do aluno agredido.
A responsável relata que foi "desesperador" e "angustiante" saber que o filho estava machucado. A preocupação dela, agora, é de receber auxílio no tratamento, já que o filho se queixa de não conseguir ouvir com o ouvido que foi lesionado.
Foi muito angustiante, muito ruim. Foi desesperador saber que meu filho estava machucado e ainda com a orelha pendurada Mãe do aluno agredido,
Investigação
O caso foi registrado na 78ª DP (Fonseca). A vítima foi ouvida e foi encaminhada para exame de corpo de delito. A investigação está em andamento.
A Secretaria de Estado de Educação informou que vai abrir uma sindicância para apurar os detalhes do caso e tomar as devidas providências. O aluno agressor foi transferido de unidade e todos os responsáveis dos estudantes envolvidos já foram ouvidos. O Conselho Tutelar foi notificado.
Quanto à segurança nas escolas, a Seeduc disse que no último dia 15 de maio, lançou a ferramenta "Registro de Violência Escolar (RVE)", uma plataforma que irá compilar dados como agressão, bullying, racismo, furto e outras ocorrências, a fim de mapear ações pedagógicas que previnam tais práticas e promovam a defesa dos direitos da criança e do adolescente, além de contribuir para a segurança em sala de aula.
