Amigos e familiares se despedem neste sábado (24) do radiologista Raphael Montovaneli, de 40 anos, que foi morto com um tiro de fuzil na cabeça, disparado por um policial militar. O corpo dele começou a ser velado às 9 horas no Cemitério São Francisco de Paula, no Catumbi. O sepultamento está marcado para as 15 horas.
Ronaldo Montovanelli, de 70 anos, pai de Raphael, estava aos prantos. Ele precisou ser amparado pelas pessoas que estavam no velório.
"Ele era minha joia. O Raphael era tranquilo. Ele foi vítima de uma pessoa que não era para para estar com um fuzil na mão. Tirou um pedaço de mim. Ele era feliz e nos fazia feliz, a gente brincava, ele era festeiro", disse Ronaldo.
Segundo amigos, Raphael estava com viagem planejada para o Equador.
"Nós íamos viajar para o Equador. Nós perdemos um grande amigo, essa perda é muito grande. Acredito que ele esteja no céu. Está sendo uma dor para todos nós", disse o amigo Valdir da Silva Fonseca.
O caso
O caso aconteceu na noite de domingo (18). O radiologista estava dentro de um carro junto com outros amigos Um policial militar atirou na traseira do veículo quando ele trafegava pela na Avenida Marechal Rondon, em São Francisco Xavier. O tiro atingiu a cabeça de Raphael.
Ferido, Raphael foi socorrido para o Hospital Federal do Andaraí, onde ficou internado, mas não resistiu e teve morte cerebral confirmada. Ele deixa a esposa, que está grávida de oito meses.
O policial militar que efetuou o disparo de fuzil, estava há seis meses na corporação, ele foi preso em flagrante por tentativa de homicídio, e segue no presídio da Polícia Militar no Fonseca, na Zona Norte de Niterói.
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