Após tiroteio, PM acaba com 'bunker do tráfico' na Zona Norte; vídeo

Uma parede falsa foi descoberta por policiais do 41º BPM (Irajá), nesta sexta-feira (14), em uma casa abandonada no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio. O local era usado por criminosos como um esconderijo de armas.

No bunker do tráfico, foram encontrados cinco fuzis, materiais táticos, granadas, carregadores e equipamentos militares. Na mesma ação, também foi apreendido um carro roubado.

A localização do espaço acontece um dia após um confronto entre criminosos rivais deixar duas pessoas feridas por balas perdidas na região.

De acordo com o comando do 41º BPM, os agentes realizavam uma ação para reprimir a movimentação de criminosos envolvidos em disputas territoriais, na localidade do Morro do Juramento, quando tiveram a atenção voltada para um veículo suspeito.

De imediato, os agentes realizaram um cerco tático, tentando abordar o automóvel que seguia em direção a comunidade da Pedreira. Houve um confronto e logo após o cessar da troca de tiros, os policiais militares localizaram a casa utilizada para esconder armamentos do crime organizado. A ocorrência ficou a cargo da 39ª DP (Pavuna).

116 fuzis apreendidos em 2025

A Secretaria de Estado de Polícia Militar chegou nesta sexta à expressiva marca de 116 fuzis apreendidos em todo o território fluminense, nos primeiros 45 dias do ano de 2025. A apreensão mais recente ocorreu no Complexo da Pedreira.

Os agentes realizavam uma ação para reprimir a movimentação de criminosos envolvidos em disputas territoriais, quando localizaram a casa utilizada para esconder armamentos do crime organizado. 

"Ao mesmo tempo em que parabenizo nossos policiais por tirarem tantos fuzis de circulação, reforço a necessidade da cooperação federal para impedir que esse armamento pesado entre no nosso estado. Não podemos permitir que armas de guerra continuem circulando no Rio, mutilando e tirando a vida de moradores inocentes e dos nossos policiais", destacou o governador Cláudio Castro.

Dados da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Polícia Militar apontam que mais de 90% dessas armas são fabricadas em outros países, para que sejam utilizadas por grupos criminosos envolvidos em disputas territoriais em diferentes pontos da Região Metropolitana.

O estudo elaborado pela Inteligência da PM revelou ainda que esses armamentos entram no país ou no estado separadas por peças e montadas por armeiros envolvidos com as organizações criminosas.

Em 2024, de acordo com o Instituto de Segurança Pública, o Rio de Janeiro alcançou uma marca histórica e emblemática para a segurança pública. Em doze meses, as polícias Civil e Militar retiraram 732 fuzis de circulação, uma média de dois por dia. Os dados divulgados pelo ISP mostram um aumento de 20% nas apreensões entre 2023 e 2024 - esse número é o maior da série histórica, iniciada em 2007.